Uma quase dupla

Na trama, Keyla (Tatá Werneck) é uma policial prática e marrenta que mora no Rio de Janeiro. Um dia, ela é enviada para a pequena Joinlândia para investigar um assassinato estranho que aconteceu na cidade e precisa trabalhar junto do simpático Claudio (Cauã Reymond). O problema dessa quase dupla é que eles não tem absolutamente nada em comum.

Claudio é fofo e bondoso; Keyla é estourada e desconfiada. Os dois passam o dia todo se arranhando mas precisam unir forças quando uma série de mortes estranhas acontece na cidade. O filme tem roteiro pop e usa muitas referências contemporâneas para dar agilidade e alma aos personagens – destaque para a cena do cantor do bar e seu Shimbalaiê.

A dupla Tatá e Cauã funciona muito bem em cena, embora Tatá passe grande parte do tempo interpretando…. ela mesma. Cauã está ótimo como Claudio e é possível ver o trabalho de corpo que o ator fez ao descer um pouco o tom de voz e criar um olhar puro de menino do interior. Um dos maiores talentos de sua geração, o astro de quase 40 anos não decepciona.
A direção do filme é de Marcus Baldini (”Bruna Surfistinha”). Também fazem parte do elenco Daniel Furlan, Gabriel Godoy, Ary França, Alejandro Claveaux e Louise Cardoso.

 

Cotação: Bom