Frenético e muito colorido, o longa segue Evelyn (Michelle Yeoh, na melhor atuação de sua carreira), a dona de lavanderia que tem de salvar o mundo assumindo diversas personalidades antes que seja tarde demais (pois é).
Evelyn é uma imigrante chinesa que saiu de seu país para morar nos Estados Unidos com o marido Waymond (Ke Huy Quan), algum tempo depois eles tiveram uma filha, Joy, e Evelyn hoje se sente triste e amargurada com as obrigações do dia a dia, que cumpre sem nenhum prazer.
Ela não teve uma carreira, sempre viveu para a família e hoje se arrepende de não ter tido uma vida melhor.
Como se não pudesse ficar pior, seu marido pedindo o divórcio, mas nem nisso ela consegue prestar atenção, pois passa o tempo todo nervosa e correndo de um lado para o outro. Joy, sua filha, largou a faculdade, é lésbica e tem uma namorada.
Evelyn segura as pontas para manter as aparências de que tudo vai bem para seu pai, um velhinho mandão e ranzinza que mora com ela.
A estressada Evelyn está a ponto de desistir de tudo quando percebe que corre o risco de cair na malha fina, ao entregar suas contas a Deirdre (Jamie Lee Curtis, fantástica), uma funcionária pública grosseira e que faz o que pode para atrapalhar a família.
Nesse momento ela descobre, que, na verdade, seu marido tem outra personalidade e agora ela será treinada para se catapultar para universos paralelos (!!!) e combater um demônio juvenil chamado Jobu Tupaki, que só ela poderá eliminar, restaurando, assim, a estabilidade do multiverso. (!!!)
A trama ganha ritmo a partir daí e só assistindo você irá conseguir entender o mundo criado criado, roteirizado e dirigido pela dupla Daniel Kwan e Daniel Scheinert, novos diretores para ficar de olho nos próximos anos.
O filme está ganhando diversos prêmios, como o Critics Choice Awards e o Globo de Ouro.
Um pouco longo demais, ”Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” encanta, faz rir e faz chorar, ao mesmo tempo em que aborda temas como envelhecimento e preconceito contra asiáticos.
Cotação: Muito bom
