A história de ”Thor: Amor e Trovão” é bem simples. Assim como os trailers já tinham revelado (o que é uma pena), nesse filme temos um Thor (Chris Hemsworth) sem propósito na vida depois do seu término com Jane Foster (Natalie Portman) e sem uma ameaça para enfrentar.
Ele se une aos Guardiões da Galáxia e juntos eles viajam pelo Universo.
É com o surgimento de Gorr, o Carniceiro dos Deuses (Christian Bale, fantástico no papel) que ele volta à ativa ao lado de Jane e de Valquíria (Tessa Thompson) para impedir o vilão. Gorr está viajando por diversos planetas e sequestrando crianças para superar a falta que sente de sua filha, que morreu. Desse modo, ele quer que diversas pessoas sofram como ele sofreu.
O discurso que o diretor Taika Waititi adota nesse novo longa é sobre como o amor — ou melhor, a sua perda — mexe com cada um de nós. Do herói que perde seu propósito sem a mulher amada ao pai que abraça um niilismo existencial a ponto de se tornar um monstro, a discussão que ele tenta trazer é sobre como o amor transforma e que, mesmo assim, é o motor do recomeço.
Jane está passando por uma situação delicada em sua saúde (sem spoilers aqui!), e tenta esconder isso de Thor o quanto pode. A situação piora quando ela vira a Poderosa Thor e precisa lutar contra Gorr.
As motivações do vilão são fortes e podemos ver isso já na sequência inicial. Com apenas alguns segundos de cena, você já está rendido ao talento de Christian Bale e entende completamente as motivações dele – coisa que não aconteceu com o mega vilão Thanos, por exemplo.
Com algumas piadas engraçadinhas no meio da trama e efeitos visuais incríveis, o filme nos mostra a outra face do amor — a compreensão de que amar também é saber dar adeus para que haja espaço para um recomeço.
Cotação: Bom