O cineasta Quentin Tarantino esteve em São Paulo para divulgar seu oitavo filme “Os Oito Odiados” e confirmou que pretende se aposentar depois de seu décimo longa-metragem. “Eu vou parar de fazer filmes depois de dez, então por isso estou contado”, admitiu sobre a numeração que antecipa os créditos iniciais de seus longas.
Tarantino citou “Pixote” como sua referência mais viva do cinema brasileiro. “Eu não venho aqui desde 1992. Na época, achei que aprenderia português, mas é muito difícil”.
Revelou, também, que gostaria de trabalhar com Johnny Depp, “mas eu teria que escrever o papel certo para ele” e Kate Winslet. “Eu acho ela maravilhosa. Não sei se ela toparia, mas ela seria fantástica falando meus diálogos”.
Não poderia faltar uma certa polêmica: quando perguntado se trabalharia com Spike Lee, diretor com quem Tarantino se desentendeu após críticas à forma como os negros foram abordados em “Django Livre”, Tarantino foi taxativo. “Eu só tenho mais dois filmes pela frente e não vou desperdiça-los com a porra do Spike Lee”. 😯
“Eu quero manter meu padrão alto, a expectativa alta. Eu ficaria muito desapontado se as pessoas achassem que não o mantive em algum filme”, observou ao frisar que trata-se de uma proposta meramente artística já que ele não está no negócio para pagar hipoteca ou sustentar os filhos, mas sim por puro amor ao cinema. Nem todo mundo tem essa oportunidade…
“Meus filmes vão bem na América, mas vão um pouco melhor no mercado internacional. Eu faço filmes para o mundo. Para todo mundo e o mundo respondeu. É algo muito gratificante”.
“Os Oito Odiados” será lançado no Brasil no dia 7 de janeiro de 2016 e será o maior lançamento da distribuidora Diamond Films no Brasil com algo entre 400 e 500 cópias.
Fonte: IG