Foto: Humberto Araújo
Foto - Humberto Araújo

Simone Spoladore em cena como ‘O Tempo e a Sala’ no Teatro SESI

Criada especialmente para o Festival de Curitiba de 2023, esta montagem de “O Tempo e a Sala”, com direção de Leandro Daniel, pretende jogar luz sobre temas atuais: a solidão, a reclusão e o medo sentidos em meio ao grande movimento das metrópoles contemporâneas. Um retrato do desequilíbrio de uma sociedade que perdeu sua energia feminina e a coragem de se entregar aos afetos, gerando um ambiente patriarcal adoecido que sofre com a sensação de inadequação ao tempo e ao espaço.

Vale contextualizar o momento em que a obra do dramaturgo alemão Botho Strauss despontou. Em 1990, “O Tempo e a Sala” estreou no Teatro Schaubühne, em Berlim, pelas mãos do diretor suíço Luc Bondy (1948-2015). O muro de Berlim acabara de ser derrubado, mas os ecos da segunda guerra ainda soavam dentro da população, como se cada um carregasse consigo uma bomba prestes a explodir.

E neste contexto destaca-se a personagem Marie Steuber, uma mulher que, ao tentar se adaptar ao outro em seus muitos relacionamentos, afasta-se cada vez mais de si própria, até desaparecer (literalmente) no espaço e no tempo, ao ser tragada por uma coluna, símbolo da concretude.

A personagem, vivida por Simone Spoladore, diz: “A quem que eu não tive que me adaptar! Adaptei-me ao homem complicado, ao sentimental e ao homem de negócios. Compartilhei seus problemas. Estudei a maneira deles verem o mundo, aceitei, fiz desta a minha. Respondi tanto ao calado como ao falador. Eu ajudei o infeliz e fui animada com o alegre.

Com o esportista eu fui correr, com o que gostava de beber eu fui beber. Não sobrou nada. De nenhum. Rastro algum. Foi saudável. Aquilo que eu lá segurei com força, lá eu deixei: aquilo que eu sou.”

Sinopse

Num apartamento antigo, no centro de uma grande cidade, vivem Julius (Rodrigo Ferrarini) e Olaf (Daniel Warren). Dois homens que, como guardiões do tempo, observam a cidade e, a partir de suas memórias, atraem para dentro do ambiente a personagem Marie Steuber (Simone Spoladore), cujas memórias e dramas pessoais tomam conta do lugar, invadindo a realidade e/ou os devaneios dos anfitriões. Houve uma festa naquele lugar? As personagens existem de fato? O que é sonho e o que é realidade? O que é concreto e o que é imaginação? Quais os limites entre o tempo e o espaço?

Ficha Técnica

TEXTO:  Botho Strauss 
TRADUÇÃO:  Fernanda Boarin Boechat 

IDEALIZACÃO E DIREÇÃO: Leandro Daniel  

ELENCO:  Simone Spoladore, Rodrigo Ferrarini, Jandir Ferrari, Daniel Warren, Rafa Sieg, Adriana Seiffert, Leandro Daniel, Maureen Miranda, Bia Arantes e Fabi Colombo  
VOZ EM OFF: Letícia Spiller 
PSICANÁLISE DA CENA: Fabi Colombo 

ILUMINAÇÃO:  Adriana Ortiz 

CENÁRIO:  Fernando Marés 
FIGURINOS:  Ana Avelar 
TRILHA SONORA ORIGINAL: Edith de Camargo
CARACTERIZAÇÃO:  Marcelino de Miranda  
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Banalíssima Arte 

Assistência de Produção: Pietra Machado Furtado

CAPTAÇÃO DE RECURSOS: BFV Cultura e Esporte
REALIZAÇÃO:  Colombo Produções 

ASSESSORIA DE IMPRENSA: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

SERVIÇO: ”O tempo e a sala”

ESTREIA: dia 13 de abril (5ªf), às 19h; até 14 de maio

ONDE: Teatro Firjan Sesi Centro – Av. Graça Aranha, nº 1 – Centro | RJ
Tels: (21) 2563-4168 e 2563-4163

HORÁRIOS: 5ª a 6ª às 19h; sábado e domingo às 18h
INGRESSOS: R$40 e R$20 (meia)
Funcionamento bilheteria: de 2ª a 6ª, das 12h às 19h; sab, dom e feriados, qdo houver programação, a partir de 2h antes do início do espetáculo
VENDAS ONLINE: www.sympla.com.br
DURAÇÃO: 90 min / ACESSIBILIDADE: sim
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 16 anos / GÊNERO: drama
CAPACIDADE: 338 espectadores