De acordo com ela, o colega “estava não só se comportando de forma inadequada, mas até, eu diria, descumprindo suas obrigações contratuais”. “Tinha de ouvir piadas sobre mim e sobre minha aparência, ou o que as pessoas achavam que conseguiam me convencer a fazer – todos esses homens”, lembrou a atriz. “E a natureza da pessoa que era o instigador… ele era um homem feito, um grande astro do cinema. E ele era bem falso, na sua personalidade”.
A solução para a atriz foi fazer uma reclamação para seu agente, que tomou providências. “Foi fascinante. Em questão de horas, tudo mudou. Ele disse a eles: ‘se isso continuar, eu mandei uma passagem para ela sair dessa cidade, e ela não vai retornar’”.
Daí em diante, a vida de Parker no set do filme em questão mudou bastante. “Não era perfeitamente agradável, mas eu não tinha mais que ser evasiva ou temer uma possível conversa”, afirmou. “Ele já era uma pessoa formada e não iria mudar, mas eu certamente me senti melhor e mais segura, como seu eu pudesse terminar o que tinha concordado em fazer”.
A atriz disse que começou a pensar sobre suas próprias experiências na onda do movimento #MeToo, no qual várias figuras poderosas de Hollywood foram denunciadas por seus comportamentos, e que percebeu que sempre teve dificuldades de confrontar homens com comportamentos inadequados.
“Não importa o quão evoluída ou moderna eu achava que eu fosse, eu nunca me senti na posição de fazer isso, não importando qual o meu papel no set de filmagens. Eu não me sentia tão poderosa quanto o homem que estava se comportando de forma inapropriada”.
