“Não tinha visto nada além de Acossado. Sempre a achei icônica e cool. Eu li o roteiro e fiquei em choque, eu não fazia ideia da história e do seu fim trágico, fiquei interessada na complexidade de sua vida, mas eu tinha apenas uma imagem antes”, disse Kristen Stewart em entrevista.
Estrela de primeira grandeza, a atriz Kristen chega aos cinemas em 2020 para mostrar sua versão para a história da atriz Jean Seberg. A atriz de ”Crepúsculo” e ”As Panteras” tem em mãos provavelmente o melhor papel de sua carreira.
Em Seberg – Contra Todos os Inimigos, filme previsto para chegar nos cinemas no próximo dia 5 de março, Stewart revive os passos de Jean Seberg na Paris de 1968.
Na época, ela estava no auge de sua popularidade graças ao sucesso de diversos filmes que foram rodados na França. Ao desembarcar nos Estados Unidos, ela rapidamente se envolve com um ativista de direitos civis chamado Hakim Jamal, personagem interpretado por Anthony Mackie.
Não demora muito para Seberg se posicionar a favor do movimento dos Panteras Negras e se tornar uma das financiadoras da causa. A história começa a ser acompanhada de perto pelo FBI, que tinha a intenção de destruir os Panteras Negras.
Quem foi?
Jean Seberg (1938-1979) soma em sua carreira a participação em 34 filmes diferentes, mas ficou famosa como estrela de títulos como ”Acossado”, lançamento em 1960, que fez parte do movimento Nouvelle Vague, do cinema francês e é considerado um dos grandes clássicos até hoje.
Ela fez sua estreia nas telonas quando tinha apenas 18 anos, no longa ”Santa Joana”, onde ela deu vida para Joana D’Arc em uma produção de Otto Preminger. Ela chegou a receber duras críticas na época por conta deste trabalho. Em seguida ela atuou ao lado de David Niven e Deborah Kerr na adaptação do best seller Bonjour Tristesse, também sob a direção de Preminger.
Ela conheceu o primeiro marido durante as gravações de Bonjour Tristesse e se mudou para a França. Lá, Jean-Luc Godard a escolheu para estrelar Acossado, ao lado de Jean Paul Belmondo.
Apesar de ser norte-americana, Seberg atuou mais na França e evitou o glamour de Hollywood.
Ativismo e vida pessoal
O filme será focado em um dos temas em que Jean é muito lembrada: seu ativismo. A atriz se envolveu com o grupo político Panteras Negras em 1968 e, a partir dali, sempre esteve muito ativa nos movimentos sociais.
O ativismo de Seberg se tornou tão intenso que chegou a motivar o FBI a promover uma campanha de difamação contra ela e o seu segundo marido, o escritor Romain Gary. Durante os anos 70, o trabalho de Jean como atriz acabou sendo esporádico. A atriz faleceu em 1979, vítima de uma overdose.