O Homem Invisível

Sufocante, ”O homem invisível” aposta numa trama moderna para compreender relações abusivas.
Na trama, conhecemos o casal Cecilia (Elisabeth Moss) e Adrian (Oliver Jackson-Cohen), que vive um relacionamento complicado, onde Cecilia sofre diversos tipos de abusos.

Quando Adrian tira a própria vida, ela suspeita do seu próprio senso de realidade e começa a lidar com o fato de que talvez morte dele tenha sido uma farsa. Desesperada, ela tem medo de atividades simples, como sair de casa. Tudo começa a piorar quando ela vai até as autoridades e nada é feito para salvar sua vida.

As cenas são construídas devagar, para que quando Adrian comece a perseguir Cecilia, já tenha sido construída uma imagem de alguém que não está totalmente sã. O espectador já está ciente do jogo, e desse modo, o diretor consegue demonstrar com inteligência o processo de deslegitimação da vítima, que apesar de ter todos os motivos para ser ouvida, é tratada como insana em todos os momentos.
As consequências que ela, e as pessoas que estão próximas a ela sofrem, é por ela ser ignorada e diminuída.Como ela irá provar que está sendo perseguida por alguém que não consegue ver?

A atriz Elizabeth Moss (‘’The handmaids tale’’) está incrível no papel. Seu carisma explode na tela e o filme se sustenta em sua atuação. O terror psicológico que a personagem sofre é comum a muitas mulheres ao redor do mundo, o que faz a trama ser real e necessária.
A direção fica por conta de Leigh Whannell (“Upgrade: Atualização”) e o filme é uma releitura do livro escrito por H.G. Wells em 1897.

 

Cotação: Muito bom