Wes Anderson é conhecido por seu trabalho minucioso. Todas as características já conhecidas estão lá: as tomadas amplas, a simetria perfeita, personagens caricatos, as cores milimetricamente pensadas. O quesito visual, bastante explorado nos filmes do diretor, é um deleite.
Filmado na Alemanha, o filme começa com a narrativa um jovem escritor (Jude Law), que nos anos 80 visitou o Grande Hotel Budapeste e conheceu o dono do local, o senhor Zero Moustafa(F. Murray Abraham). Zero então começa a lhe contar sobre seu passado e sua história com o Hotel.
O filme então se divide em partes: a primeira se chama ”M. Gustave” e se passa em 1932. M. Gustave (Ralph Fiennes) era o concierge do hotel que se relacionava com mulheres mais velhas e se tornou o mentor de Zero (o jovem Tony Revolori). A segunda parte, ”Madame C.V.D”; fala sobre uma das mulheres com a qual Gustave se relacionou.
A senhora morreu e deixou para o concierge um quadro valioso, que precisa ser protegido para que não seja furtado por parentes da falecida.
A terceira parte se passa no campo de internaçao de criminosos, para onde Gustave é levado. A partr daí, a trama ganha tons de mistério, pois Zero se empenha descobrir quem botou Gustave na cadeia. Ao mesmo tempo o menino se apaixona pela linda Agatha (Saoirse Ronan), uma jovem confeiteira.
”O Grande Hotel Budapeste” é o 9º filme do texano Anderson, famoso pelos também ótimos ”Os excêntricos Tenenbaums”, ”A vida marinha com Steve Zissou”, ”O Fantastico Sr. Raposo” e ”Moonrise Kingdom”.
O elenco, numeroso, conta com nomes como Adrien Brody, Willem Dafoe, Harvey Keitel, Bill Murray, Edward Norton, Jason Schwartzman, Léa Seydoux, Tilda Swinton, Owen Wilson, entre outros. A dupla formada por Fiennes e Revolori é excelente e gera empatia.
Se utilizando de muitos tons de rosa, ”O Grande Hotel Budapeste” diverte e encanta até aqueles que não são fãs do diretor.
Cotação: Muito bom
*Leia mais sobre o trabalho de Wes Anderson clicando aqui.