O longa é baseado em uma série de TV homônima dos anos 60. Apesar de nunca ter visto a série, aproveitei muito a experiência de ver este maravilhoso mix de ação e comédia. Durante quase 2 horas de filme, só se ouvia dos espectadores gargalhadas e interjeições de surpresa.
“O Agente da U.N.C.L.E” se passa em meio à Guerra Fria onde o melhor agente da KGB (Russa) e da CIA (americana), apesar de serem inimigos na guerra, precisam se unir para proteger uma garota cujo pai foi sequestrado e impedir uma organização que produz armas nucleares.
Diferente de muitos filmes de ação, apesar de ter vários pontos cômicos, O Agente da U.N.C.L.E não é engraçado por causa de gafes ou exageros e sim por cenas que foram feitas para serem engraçadas. O tempo todo eu pensava em uma mistura de 007 e da antiga série de TV americana “A Gata e o Rato”, talvez até um leve toque nos feitos quase impossíveis característicos de “MacGyver”. Falando nisso, o filme é baseado na oposição: ação e comédia, russo e americano, homem e mulher.
O filme tem todo aquele ar das antigas séries de TV e não tem gafes temporais perceptivas. O figurino é muito característico da época que se passa o filme e as músicas são muito pertinentes.
As cenas de perseguição em carros e barcos são extremamente eletrizantes, de roer as unhas. E as de comédia muito engraçadas, feitas principalmente da rivalidade entre Napoleon Solo (Henry Cavill) e Illya Kuryakin (Armie Hammer) que brigam o tempo todo não só competindo quem é o melhor agentes, mas também quem entende mais de moda feminina.
Claro que neste formato de filme há muitos clichês, mas eles são claramente intencionais. O público gosta do estilo, tanto que já foram feitos 23 filmes de 007 até hoje.
Assistir O Agente da U.N.C.L.E já valeria a pena pelas paisagens e figurino. Acredito que todo mundo que não viveu aquela época gostaria de ver como era e ao que tudo indica há no filme um retrato fiel. Há até uma cena na qual aparece um pronunciamento televisionado real do então presidente Kennedy em relação a Guerra Fria.
É um desses filmes muito agradáveis onde quem assiste não vê o tempo passar, realmente vale muito a pena ver, e poderia até ser feita uma continuação.
O filme é uma dança muito bem coreografada. Quando você pensa que já entendeu tudo sobre o enredo, acontece uma reviravolta e então quando você está se acostumando com ela há uma outra e outra.
O único ponto negativo, na minha opinião, foi não terem aproveitado mais o ator britânico Hugh Grant, ele faz pouquíssimas aparições ao longo do filme.
Essa crítica foi escrita pela colaboradora Luciana Costa