O novo filme de Edgar Wright (”Scott Pilgrim”) segue a jovem Eloise (Thomasin McKenzie), uma aspirante a designer de moda, que é misteriosamente capaz de entrar na década de 1960 durante seus sonhos.
Lá ela encontra Sandie (Anya Taylor-Joy), uma deslumbrante cantora. Entretanto, o glamour não é tudo o que parece ser e os sonhos do passado começam a rachar, fragmentando-se em algo muito mais sombrio. Sandie, que de boba não tem nada, acaba desenvolvendo um relacionamento conturbado com seu agente, Jack (Matt Smith), que não vê problema em usar e abusar de suas cantoras.
Através da vida de Sandie, Ellie – que sempre foi uma menina simples do interior com grandes sonhos para a cidade grande – começa a ser perseguida pelos fantasmas do passado, ao mesmo tempo em que tenta solucionar um mistério que pode ter deixado um culpado livre no presente.
O filme, que era apenas um mistério, começa a ganhar ares de ”quem matou” e muda totalmente de clima.
Em diversos momentos o novo longa de Wright pode ser comparado a ‘Meia-Noite em Paris’, por tratar de uma descoberta em relação ao que há de bom e de ruim no passado – nada é tão perfeito assim. Tudo isso enquanto as duas épocas colidem e dão um banho de água fria na protagonista Eloise. A estética gótica deixa tudo mais denso e a trilha sonora é fantástica, como notamos no último trabalho do diretor, o ótimo ”Em ritmo de fuga”.
Cotação: Bom