30 anos, ex-número 1 do mundo, 1,88m de altura, segunda mais nova tenista a ganhar o título de Wimbledon, mais de 36 milhões de dólares em prêmios: a russa Maria Sharapova tem uma carreira grandiosa e cheia de títulos. Porém, tudo mudou para ela em 2016, quando foi pega num exame anti-doping durante o Australia Open. Foi encontrado no corpo de Maria alguns traços de meldonium, substância que se tornou proibida no início do ano, fato que passou batido aos olhos de sua equipe. A atleta foi punida e ficou quinze meses fora das quadras.
No documentário, Maria, que começou a jogar tênis aos quatro anos, fala sobre sua relação com o esporte e também com seu pai, que é muito presente em sua carreira. É interessante perceber sua maturidade ao falar sobre a punição e não tentar jogar a culpa em alguém, mas sim entender que aquele momento deveria servir como reflexão para o futuro de sua carreira. Pela primeira vez, ela tinha tempo para ver os amigos, se divertir, estudar (ela apenas se formou no ensino medio), conhecer de verdade lugares que já havia visitado tantas vezes para jogar – mas sem deixar os treinos de lado. Durante esse tempo, descobriu o boxe, esporte pelo qual tem grande carinho.
Durante quase uma hora de filme, a atleta fala diretamente para a câmera. As cenas de seus treinos mostram seu empenho em voltar a competir em alto nível. Maria não deixa a peteca cair em nenhum momento, o que é incrível e inspirador. Sincera e direta, fala sem medo sobre temas polêmicos sem parecer piegas. O filme teve a direção da dupla Lisa Lax e Nancy Stern Winters
Cotação: Bom
