Heleno

 

Heleno de Freitas era um homem explosivo. Nesse filme, que retrata o Rio de Janeiro nos anos 40, conhecemos a trajetória do jogador, considerado o primeiro grande ‘problema’ do futebol brasileiro. Fazia o que que queria, se atrasava para os treinos, brigava com os companheiros de time, passava mais tempo no Copacabana Palace do que em campo.

Para os jornais, Heleno era uma festa. Para o técnico, talentoso, mas intratável. Para a torcida, o melhor jogador que o Botafogo já teve, antes de Garrincha. Heleno (Rodrigo Santoro, perfeito) é um astro. Seus lances são precisos, e se vangloria de ‘carregar o time nas costas’. Conquistou muitos inimigos e ganhou o apelido de ‘Gilda’ por causa de seus rompantes de fúria em campo.
Conheceu sua futura esposa, Silvia (Alinne Moraes), na praia de Copacabana. Ela, quando se envolveu com o jogador, sabia de seu temperamento difícil e mesmo assim aceitou casar com ele e tiveram um filho, Luís Eduardo. Heleno era charmoso, alto, e muito mulherengo.

No filme, é retratado um caso dele com a cantora do Copacabana Palace, Diamantina (a colombiana Angie Cepeda). Porém, nem tudo são flores na vida do craque. Heleno tinha problemas com a bebida, era viciado em lança perfume e éter(numa das cenas do longa, podemos ver o jogador tendo alucinações).
Heleno faleceu num sanatório em Barbacena, seis anos depois de ser internado, por conta de complicações com sífilis.
Rodrigo Santoro está incrível no papel, praticamente irreconhecível nos trajes da época, cabelo engomado, e voz baixa.
As cenas em que o jogador está no fim da vida, magro, doente e tendo alucinações, são de arrepiar.

 

Cotação: Muito bom Ideal para: fãs do cinema nacional, fãs de Rodrigo Santoro