Nós assistimos “Esquadrão Suicida”, o filme com super vilões protagonistas mais comentado (e único) da atualidade e que estreia hoje, 04/08. A narrativa é iniciada quando a agente da inteligência dos Estados Unidos, Amanda Waller (Viola Davis), resolve reunir um grupo um tanto quanto controverso de vilões condenados e super perigosos para lidar com a segurança nacional, realizando missões suicidas. O grupo é formado por Pistoleiro (Will Smith), Arlequina (Margot Robbie), Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje), Capitão Bumerangue (Jai Courtney), El Diablo (Jay Hernandez) e Magia (Cara Delevingne). Também são escalados para complementar e fortalecer o time, Rick “Red” Flag (Joel Kinnaman) e Katana (Karen Fukuhara). A história dos personagens é contata através de flashbacks permeados com o presente, o que deixa o filme mais dinâmico e rápido. O foco é maior nos personagens do Pistoleiro e da Arlequina, sendo o “background” deles muito mais complexificado.
Desde as primeiras notícias sobre a escalação do elenco, “Esquadrão Suicida” vem causando alvoroço entre o público. Até agora, notícias que centram as atrizes e atores da produção circularam com especulações, críticas e análises. Por isso, não é de se surpreender que as expectativas do filme, baseado no quadrinho da DC Comics, estivessem mais voltadas para as atuações e desenvolvimento de personagens do que qualquer outra característica do audiovisual.
Mesmo assim, Esquadrão Suicida não deixa nem um pouco a desejar. Como observamos, até com certa alegria, os trailers lançados revelam pouco, ou quase nada, da narrativa em si. A direção de imagens é muito boa, utilizando a lógica da estética do quadrinho que agrada bastante. Os efeitos especiais foram muito bem desenvolvidos (diferentemente de “X-Men: Apocalipse”, por exemplo), além da trama apresentar um dinamismo único e necessário (principalmente após “Batman vs Superman”).
Para além disso, as atuações se mostram impecáveis de uma forma geral. Will Smith, Viola Davis, Joel Kinnaman, Margot Robbie e Cara Delevingne se mostraram como um grupo forte – isso era esperado – e que conseguem aprofundar seus personagens de uma forma muito promissora (caso exista o resgate dos mesmos em outros filmes ou em uma sequência).
Todo esse tempo, as expectativas caíam em cima do Coringa de Jared Leto. Quem esperava um personagem original, polêmico e interessante pode se decepcionar. Talvez por ter apenas poucas cenas em “Esquadrão Suicida”, ou talvez por toda a construção em volta do Coringa Leto, esse personagem não possui o brilho que poderia ter. Aparentemente, após o Coringa de Heath Ledger, será muito difícil encontrar um novo “substituto”. Obviamente ambos os personagens apresentam propostas diferentes, no entanto o “palhaço psicopata” atual se mostrou caricato demais, beirando o bobo e ingênuo (na medida do possível).
Por fim, a tão comentada personagem da Arlequina se mostrou hiper sexualizada de forma quase desnecessária, no entanto não desanimem, amigas feministas! A coisa não fica tão ruim quanto aparenta. Muito, na verdade, se mostrou como um sensacionalismo midiático para a promoção do filme (o famoso falem bem, falem mal…). A construção da personagem variou bastante em comparação com a construção que estamos acostumados no quadrinho, mas isso é tudo que diremos (que exista o suspense).
No mais, o “Esquadrão Suicida” demonstra uma força surpreendentemente positiva, sendo uma boa opção para os fãs de quadrinho ávidos por filmes que saiam de uma mesmice obviamente heroica (mesmo que, no final das contas, isso entre em questão).
Cotação: Bom.