Crítica: ”Qualquer Gato Vira-lata Tem Uma Vida Sexual Mais Sadia Que a Nossa”

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Texto de Juca de Oliveira, direção de Bibi Ferreira e um trio de atores carismáticos: essa é a receita do sucesso da peça ”Qualquer Gato Vira-lata Tem Uma Vida Sexual Mais Sadia Que a Nossa”, em cartaz no Teatro Vannucci, Shopping da Gávea, Rio de Janeiro.

Na trama, a jovem Tati (Monique Alfradique) está chateada pois Marcelo (Marcos Nauer), o cara com o qual ela está saindo, só apronta com ela. Marcelo gosta de boate, academia, tomar chopp com os amigos e não acredita muito em fidelidade, para desespero da estudante de Direito. Um dia, depois de uma briga, ela acaba conhecendo Conrado (Victor Frade), um biólogo que se propõe analisar ponto a ponto todos os erros que a jovem comete. Tati, então, acaba virando o ”objeto de estudo” de Conrado.

Marcelo, ao saber da proximidade de Tati e Conrado, fica revoltado com a situação. Conrado ensina Tati a fazer jogo duro (”não tome a iniciativa”); explica que os machos devem fazer a corte para as fêmeas (”não olhe , não fale, e numa boate, não chame um homem para dançar”); não fique mais de 3 minutos ao telefone (”quando a mulher liga, o homem desliga”); não aceite convite para sair em cima da hora (”se ele quisesse mesmo te ver, teria ligado antes”); só atenda o celular depois do 9º toque (”afinal, você é muito ocupada”). Aplicando as técnicas de Conrado, Tati só queria ter Marcelo de volta. Mal sabia ela que ia conseguir muito mais do que isso…

O cenário da peça é fofo, colorido e prático – uma bancada de cozinha, por exemplo, acaba virando a mesa de um restaurante chique, fruto do trabalho de Renato Scripilliti e Natália Lana. Monique Alfradique, que já havia revelado seu talento na série ”Lara com Z”, da Rede Globo, está excelente como a histérica Tati. Marcos Nauer e Victor Frade, inspirados, brilham na cena do bar, uma das melhores da peça.
”Qualquer Gato Vira-lata Tem Uma Vida Sexual Mais Sadia Que a Nossa” tem um texto rápido e jovem, e é uma peça para rir, pensar na própria vida e se emocionar.

 

Cotação: Muito bom

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