(Foto: Fabio Braga/Biônica Filmes) Diretora: Laís Bodanzky - DIVULGAÇÃO.

Começam as filmagens de “Pedro”, de Laís Bodanzky

Na última semana tiveram início as filmagens de “Pedro“, dirigido por Laís Bodanzky, que também assina o roteiro do filme protagonizado por Cauã Reymond. O longa terá cenas rodadas em Arraial do Cabo, Rio de Janeiro e São Paulo, e em Lisboa, Queluz e na Ilha do Faial, em Portugal.
O filme é produzido por Biônica Filmes, Buriti Filmes, Sereno Filmes e O Som e a Fúria (Portugal), em coprodução com a Globo Filmes. A Vitrine Filmes assina a distribuição.

Primeiro longa histórico da diretora dos premiados “Bicho de Sete Cabeças” e “Como Nossos Pais”, “Pedro” abordará a vida privada de Dom Pedro I. Responsável por escrever em 1824 a primeira Constituição do Brasil imperial, considerada liberal e progressista para a época, o filme compreende o momento em que o imperador retorna para Portugal, em 1831, fugindo de ser apedrejado pela população brasileira, nove anos depois de proclamar a Independência do país.

O longa mostra uma reflexão do personagem a bordo da nau inglesa Warspite sobre sua vida no Brasil – desde a chegada de Portugal ao lado dos pais, em 1808, até sua abdicação, motivada por desdobramentos do seu exercício do Poder Moderador, pela rixa entre políticos conservadores e liberais, bem como pela rivalidade entre brasileiros e portugueses que estavam radicados no Brasil. O filme retrata o personagem em sua intimidade, tentando compreender a série de acontecimentos e o porquê de tudo dar errado quando parecia que iria dar certo.

“É muito interessante fazer um paralelo com os dias de hoje porque o projeto de Brasil que deu errado é o país que ficou, é o que somos hoje. O filme é sim uma provocação. Que Brasil é esse? Quem somos nós hoje? Acho que se trata de um filme muito contemporâneo, apesar de histórico”, explica Laís Bondanzky. “Trabalhar com o Cauã está sendo um processo muito interessante, ver como ele já se transformou desde o início do projeto até agora. Estamos desconstruindo o imaginário que temos de Dom Pedro I para descobrir quem é o Pedro”.

“Queríamos resgatar esse lado menos conhecido dele, algo que fosse além do grito de Independência ou Morte. Escolhemos fazer um filme de personagem. Para interpretá-lo eu pesquisei muito, li diversas biografias brasileiras e estrangeiras sobre ele. Procuro construir o personagem a partir de suas ambiguidades. Mais do que o herói, buscamos o homem; com suas angústias, alegrias, dúvidas e paixões. O processo com a Laís está sendo muito instigante. Ela te provoca e deixa você dar as respostas”, elogia Cauã Reymond.

O elenco conta ainda com nomes como Vitória Guerra, como Amélia, a artista plástica Rita Wainer – em sua estreia como atriz – no papel de Domitila, Luise Heyer como Leopoldina, além de Francis Magee (“Game Of Thrones”, “Rogue One”), Welket Bunguê (“Joaquim”), Isac Graça, Isabel Zuaa (“As Boas Maneiras”), Celso Frateschi (“3%”), Gustavo Machado, Marcial Mancome e Sergio Laurentino (“Tungstênio”). 

Pedro“, que tem previsão de estreia para 2019, terá a maior parte das cenas rodadas dentro da fragata inglesa Warspite, além de cenas no exterior do Cisne Branco. “Filmamos em alto mar, numa travessia de Salvador ao Rio de Janeiro e também teremos cenas em uma fazenda em Rio das Flores, a ‘nossa’ Quinta da Boa Vista. Em Portugal, iremos filmar no Palácio de Queluz, onde Dom Pedro nasceu e morreu, e na Ilha do Faial, em Açores, onde ele desembarcou quando retornou para lutar contra o irmão Miguel”, destaca Bianca Villar, da Biônica Filmes, que assina a produção do longa com Cauã.

Sinopse: A bordo da nau inglesa Warspite, Dom Pedro I (Cauã Reymond), o primeiro Imperador do Brasil, retorna à Europa. Durante a travessia, reflete sobre sua vida no Brasil desde a infância, quando chegou com seus pais de Portugal, em 1808, até sua saída na calada da noite, fugindo de ser apedrejado pela população, em 1831.

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