Cinderela existe. Ou poderia, com um pouquinho de mágica – apenas uma “pitadinha” já seria suficiente – gentileza e coragem. Essa é a principal mensagem do novo filme live action da princesa do sapatinho de cristal.
A história acompanha a jovem Ella, cujo pai comerciante se casa novamente após a morte de sua mãe. Ansiosa em apoiar seu amoroso pai, Ella recebe sua nova madrasta e suas filhas Anastasia e Drisella na casa da família. Mas, quando o pai de Ella morre inesperadamente, ela encontra-se à mercê de uma nova família cruel e ciumenta.
Com uma pegada menos fantasiosa e mágica, o diretor Kenneth Branagh (Operação Sombra: Jack Ryan e Thor) conta a história da jovem órfã Cinderela – escrita originalmente pelo francês Charles Perrault em 1634 e adaptada para animação pela Disney em 1950 – de forma bastante fiel à animação clássica, linear e previsível, porém com mais água e açúcar do que de costume.
É indiscutível a harmonia do filme; tudo está no lugar certo: os atores convencem em seus papéis; a cenografia e os efeitos visuais são perfeitos e nos transportam a um reino que poderia existir por volta do século XIX; a trilha sonora e a montagem traçam um bom desenho de ação. O filme é bem executado, sem nenhuma inovação ou surpresa, mas é realmente agradável de assistir.
Destaque para Cate Blanchett, como madrasta má, que rouba a cena com seu figurino elegante, atuação impecável e uma risada maléfica que a faz ser facilmente odiável por todos; seu olhar da madrasta vale mais do que mil palavras… A atriz Lily James (série Downton Abbey) cumpre muito bem seu papel de protagonista e (na minha opinião) foi a escolha perfeita para representar a doce e corajosa Cinderela.
O casal principal Cinderela e Príncipe – o charmoso Kit (Richard Madden, o Robb Stark de Game of Thrones) – é encantador, como todo conto de fadas deve ser. A boa química dos atores rendeu ótimas cenas de diálogos, trocas de olhares e a dança dos sonhos de qualquer garota que está a procura do seu príncipe. Cinderela é o filme perfeito para assistir com a família e os filhos pequenos e, com certeza, venderá muitos dvds que serão assistidos infinitas vezes pelas crianças.
