Sangue, gritos, perseguições, tentativas de fuga e muito apuro estético: o verdadeiro terror de ser aceito na família do(a) noivo(a) após do casamento é o grande plot do filme ”Casamento Sangrento”.
A trama segue Grace, a noiva indesejada pela riquíssima família Le Domes, famosa por comandar uma empresa de jogos de tabuleiro. Após a cerimônia, o espectador conhece a odiosa família de Alex (Mark O’Brien), o noivo, que já começam a armar um plano estranho para se livrarem da noiva.
Não demora para que todos daquela família disfuncional demonstrem seu pior lado: a noiva Grace precisa, ainda com o vestido branco, jogar um jogo bastante inocente. Ao puxar uma carta, ela descobre que será a vítima da noite e quem conseguir acabar com sua vida irá ganhar um prêmio. Simples, não? A rejeição rapidamente se transforma em perseguição e o gore vai aparecendo aos poucos. Como num jogo de gato e rato, o filme transforma aquilo que seria uma vida (ou o começo dela) em uma noite de mortes.
A família é composta por tipos já conhecidos: o casal interesseiro, o tio drogado, a mãe que comanda tudo e todos. Ali não faltam casamentos fracassados, golpes do baú, vícios dos mais diversos tipos. O filme ganha ritmo a partir da cena em que Grace corre para se esconder no quarto do casal, sem imaginar o que a espera.
Os diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett constroem com humor a tensão, na contradição com o ambiente delicado que destaca a dissimulação, numa noite longa e que ainda trará muitas surpresas. Os vilões são caricatos, o que deixa tudo mais divertido.
A protagonista Samara Weaving (da série ”Hollywood”) dá conta do recado. Sua atuação vai de jovem inocente até vítima das maiores atrocidades com muita facilidade. Andie MacDowell (”Feitiço do Tempo”) e Adam Brody (”Garota Infernal”) também se destacam no elenco que forma a família excêntrica.
Para quem procura um filme diferente e interessante, ”Casamento Sangrento” pode ser uma boa opção – para quem tem estômago, claro.
Cotação: Bom