O terceiro dia foi bastante tranquilo e contou com as visitas de Maurício Meirelles (CQC) e Maurício Cid (Não Salvo), que promoveram um “facebullying” com participantes do evento; palestras com Ricardo Piologo e Rodrigo Piologo, os criadores do sensacional ‘Mundo Canibal’ e oficina de colorização de quadrinhos.
No fim da tarde ocorreu no palco ‘Stadium’ um bate papo com Pedro Zambarda (colunista do site TechTudo), João Coscelli (blogueiro do ”Modo Arcade”)
O quatro falaram sobre os 20 anos do jornalismo de games no Brasil, as dificuldades e alegrias da profissão, além de dicas para quem pensa em entrar no mercado.
Segundo Théo, “o jornalista de games vive, come, respira isso o dia todo. Minha esposa até briga comigo” (risos).
Quando questionado sobre os novos rumos da profissão, João falou sobre a barreira de produção de conteúdo. “As barreiras caíram, hoje todo mundo produz conteúdo, escreve, traduz. As revistas precisam aprender a co-existir com esse momento. A internet já fechou muitas revistas, então elas precisam se reinventar para ter público, estar presentes nas redes sociais, estar realmente conectado com tudo.”
Para Pablo, “o futuro é nebuloso. Eu queria muito ter uma resposta para algumas perguntas…. Por exemplo, como fazer uma criança ou um adolescente entender que é preciso pagar por conteúdo? Eles estão acostumados a pegar tudo de graça na internet”.
João lembrou que em geral, as revistas brasileiras não tem acesso a informações exclusivas. ”O que fazemos é reproduzir material dos grandes veículos dos Estados Unidos e da Europa. Até 2004, não tinha espaço para o Brasil na E3 (Electronic Entertainment Expo, feira anual de jogos eletrônicos). Ir numa conferência da SONY era impossível”.
O panorama não mudou muito – os mercados de games do EUA e do Japão não crescem mais – e agora as grandes fabricantes resolveram se voltar para o Brasil (e a América Latina em geral).
Embora seja um mercado difícil, os quatro jornalistas demonstraram alegria quando questionados sobre sua área de trabalho.