Antonia Morais lança ”Luzia 2020”

O segundo disco de Antonia Morais, “Luzia 2020”, nasceu no meio da natureza, quase psicodélico em poesia intricada, amadureceu em território plenamente brasileiro e ganha vida própria e adulta como um trabalho tão simples quanto cheio de classe – um retrato fiel da artista hoje.  Essa descrição do EP de sete faixas é importante por causa do histórico de Antonia na música.

Em 2014, após trabalhos de sucesso como atriz e vivendo o final da adolescência, ela lançou um disco carregado em elementos, distorção, totalmente eletrônico, influenciado tanto pela infância nos Estados Unidos quanto por uma fase melancólica de vida. “Milagros” traz sete canções em inglês.

Já “Luzia 2020” é tão solar quanto a cidade de Bonito, no Mato Grosso, onde começou a ser concebido, e a dona do nome: o fóssil mais antigo da América do Sul, de uma mulher de seus 20 anos, negra, e que foi queimado durante incêndio da Biblioteca Nacional. Tanto Luzia quanto Antonia nasceram das cinzas – a histórica está sendo reconstituída, e a artista desabrocha em um álbum na melhor condição lo-fi cheio de MPB, trip hop e indie pop rock.

Antonia Morais posa topless em capa de novo disco - 10/09/2020 - UOL TV e  Famosos

O caminho de Antonia ainda segue no mundo eletrônico, mas em “Luzia” as canções deslizam melodicamente tanto no ambiente metalizado quanto no orgânico. Variações e passagens dos dois estados soam quase imperceptíveis acomodadas em textos poéticos.
Todas as músicas e melodias são de autoria da própria Antonia.
Antonia Morais é hoje tão simples quanto solar, tão poética quanto firme. Por enquanto, “Luzia 2020” belamente a representa.

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