Baseado em um dos contos do livro ”História da sua vida e outros contos”, escrito por Ted Chiang, ”A Chegada” é um filme tenso e bem construído.
Na trama, Louise (Amy Adams, de ”Encantada”, ”Julie e Julia” e ”Grandes Olhos”) é uma linguista, professora de uma grande faculdade nos Estados Unidos, e um dia é chamada para participar de um projeto do governo norte-americano: ela precisa se juntar a um time de especialistas para decifrar o dialeto de uma raça de aliens que chegou aos EUA a bordo de doze gigantescas naves. Os ”invasores” não emitiram nenhum sinal de contato abrupto ou ameaçador, então o governo precisa entender rapidamente o que querem.
A situação se complica ainda mais quando, entrando na nave, Louise e um de seus parceiros de trabalho, o físico Ian (Jeremy Renner, o Gavião Arqueiro de ”Os Vingadores”) descobrem que os aliens se comunicam criando frases completas com alguns símbolos, a maioria arredondados e pretos. Eles então se juntam para entender as mensagens.
Os dois e os outros pesquisadores do projeto são liderados pelo irritado Weber (Forest Whitaker, de ”Platoon” e ”O último rei da Escócia”).
Cotado para o Oscar 2017, o longa não vai pelo caminho óbvio de ”precisamos matar esses aliens de qualquer maneira!” – ele é bastante ”cerebral” e denso, diferente da maioria de ”filmes de alienígenas” que estamos acostumados a assistir (como o triste ”Independence Day: O Ressurgimento”, reboot requentado do sucesso dos anos 90, lançado esse ano).
A trama de ”A Chegada” deixa o espectador ligado e sem saber o que vem a seguir, o que é uma vitória, levando em consideração a quantidade de filmes com roteiros fracos que chegam aos cinemas brasileiros mensalmente.
”A Chegada” tem direção primorosa de Dennis Villeneuve e não é um filme fácil, mas é interessante, bem feito e merece sua atenção.
Cotação: Muito bom