Na trama, que é dividida em 3 atos (“O Abraço do Afogado”, “Um Herói Partido ao Meio” e “O Fantasma que Fala Alemão”), conhecemos a história do salva vidas Donato (Wagner Moura). Ele é admirado por seu irmão mais novo, Ayrton, por ser destemido e enfrentar o mar mesmo em condições ruins para salvar pessoas que estão se afogando.
Da primeira vez em que não consegue salvar uma pessoa, ele conhece o motoqueiro alemão Konrad (Clemens Schick). Os dois, então, ficam juntos e partem para a Alemanha.
Anos depois, o jovem Ayrton (Jesuíta Barbosa) viaja até a fria Berlim para procurar seu irmão. Donato agora trabalha num aquário na cidade e mora com Konrad, mas, em certos momentos, demonstra sentir falta de sua antiga vida no Brasil.
Ayrton está revoltado com seu irmão e quer acertar as contas com ele. O primeiro encontro dos irmãos é tenso, com Ayrton descontando toda a sua raiva em cima de Donato. Os dois acabam brigando, numa das melhores cenas do filme.
Embora tenha uma boa fotografia, ”Praia do Futuro” apresenta uma história rasa e fragmentada. Quais motivos levaram Donato a sair do Brasil e deixar seu irmão para trás? Ele nunca fez contato? Nunca mandou uma carta ou telefonou? Como Ayrton chegou a Berlim e encontrou seu irmão tão rapidamente? Como o jovem machucou o braço, que aparece engessado durante toda a trama?
Essas perguntas ficam perdidas, soltas, e o final da trama não ajuda a respondê-las. O filme é dramático, mas não emociona.
Dirigido por Karim Aïnouz, o longa fez sucesso no Festival de Berlim em 2014, mas não levou nenhum prêmio.
Cotação: Ruim