60 anos depois de sua primeira aparição nos cinemas, o novo Godzilla chega para conquistar um público acostumado a filmes com muitos efeitos especiais, correria, desespero, cidades pegando fogo e catástrofes mundiais. Divulgado durante meses e se apoiando numa estrutura de marketing pesada, o filme promete, mas não entrega.
Na trama, o cientista Joe (Bryan Cranston, da série ”Breaking Bad”) perdeu sua esposa num grave acidente no Japão. 15 anos se passaram e ele ainda continua relembrando o dia do acidente e pesquisando sobre o que pode ter ocorrido.
Seu filho Ford (Aaron Taylor-Johnson, de ”Kick Ass”) agora é um homem adulto que não tem muito contato com o pai. Eles voltam a se relacionar após Ford viajar ao Japão para tirar Joe da cadeia. Ele foi preso após voltar em sua antiga casa para buscar disquetes da época do acidente de suas esposa. A casa é isolada do resto da cidade por conter material radioativo, e a partir daí Ford começa a se convencer de que talvez Joe esteja certo quando fala que o acidente fatal foi causado por algo muito mais perigoso do que eles imaginam.
Os cientistas Daisuke Serizawa (Ken Watanabe) e Dr. Wates (Sally Hawkins) estudam as causas de diversos tremores de terra, que a cada dia estão mais fortes. Eles então descobrem que existe um gigantesco monstro que se alimenta de radioatividade e precisam correr contra o tempo para conter a criatura, que saiu do Japão e está indo em direção a São Francisco, na Califórnia.
”Godzilla” é um filme longo demais, com efeitos especiais exagerados e momentos que beiram o non-sense. Se compararmos com o também bizarro ”Círculo de Fogo”, esse ganha disparado, por ter uma trama no mínimo sensata. Além disso, um dos problemas do filme é o pouco tempo em tela do ótimo Cranston,
O filme de Gareth Edwards, apesar de ter uma ótima fotografia, que ficou por conta de Seamus McGarvey (dos ótimos ”Os Vingadores”, ”Desejo e Reparação” e ”Alta Fidelidade”), é um blockbuster grandioso, como só os americanos sabem fazer.
Cotação: Regular