Capitão América 2

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O Capitão América está de volta (mais politicamente correto do que nunca)!

O novo filme do Primeiro Vingador estabelece o padrão da 2ª fase do Universo Marvel nos cinemas: um pouco mais de “escuridão” na tela. Não que a fotografia tenha mudado muito – como em Thor 2 – porém a trama, assim como em Homem de Ferro 3, se desenrola em cima de questionamentos políticos sobre a Shield e os acontecimentos pós invasão alienígena (em Vingadores).

Dois anos após os acontecimentos em Nova York, Steve Rogers(Chris Evans) continua seu dedicado trabalho com a agência S.H.I.E.L.D. e também segue tentando se acostumar com o fato de que foi descongelado e acordou décadas depois de seu tempo – o que rende as melhores piadas do filme. Em parceria com Natasha Romanoff(Scarlett Johansson), também conhecida como Viúva Negra, ele é obrigado a enfrentar um poderoso inimigo chamado Soldado Invernal (The Winter Soldier, em péssima tradução literal), que visita Washington e abala o dia a dia da S.H.I.E.L.D., liderada por Nick Fury(Samuel L. Jackson).

Mas não se engane pelas cenas de ação do início do filme, elas duram apenas o suficiente para você saber que o Capitão América não é apenas um rostinho bonito e também sabe brigar. Passada essa euforia inicial da “apresentação” dos poderes herói, somos imersos no Universo Marvel até dizer chega.

Escrito pela dupla Christopher Markus e Stephen McFeely – que também assinam Thor: O Mundo Sombrio, Sem Dor, Sem Ganho, Capitão América: O Primeiro Vingador e os filmes da saga As Crônicas de Nárnia – o roteiro envolve ao mergulhar em conflitos internos do Capitão sobre a ética da S.H.I.E.L.D, sem deixar de lado uma certa crítica social ao falar sobre vigilância pública (tema constantemente abordado em produções recentes como o remake do filme Robocop, de José Padilha, e a série de TV Person of Interest, de J.J Abrams).

Os personagens Nick Fury e Viúva Negra são fundamentais para o desenrolar da história e a melhor cena de ação fica a cargo do diretor da S.H.I.E.L.D – o mesmo não pode se dizer de Falcão, personagem de Anthony Mackie, que poderia ser melhor explorado (é provável que isso aconteça no próximo filme), mas não chega a ser dispensável como apoio ao herói principal.

Capitão América 2 – Soldado Invernal é sim muito superior ao primeiro e um dos melhores filmes do “eixo Vingadores” – apesar de considerá-lo o herói mais maçante (chato mesmo!) dos já recriados no cinema, justamente por não focar apenas no herói principal, mas dar espaço para que os muitos coadjuvantes participem ativamente da história. As únicas grandes falhas estão no uso do 3D, que é totalmente desnecessário, e na tradução brasileira do título, pois, convenhamos: “O Soldado Invernal” é um péssimo subtítulo.

Cotação: Ótimo

 

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Aviso de Spoiler!!! Leia se quiser estragar toda surpresa do filme!

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Apesar de vários boatos e especulações, não rola nada (claramente) entre o Capitão e a Agente 13 (Emily VanCamp, de Revenge), mas fica um clima no ar e uma expectativa de que no próximo filme ele arrume um par romântico.

No final do filme, a S.H.I.E.L.D é “fechada” e um novo horizonte precisa ser traçado para os filmes da Marvel, o que irá, talvez, justificar o surgimento dos Guardiões da Galáxia e possivelmente mudar muitas coisas na série de TV Agents of S.H.I.E.L.D.

Há 2 cenas pós-créditos. Uma logo após os créditos animados e outra após todos os créditos. 2 personagens famosos dos quadrinhos X-Man aparecem rapidamente numa dessas cenas finais.

 

 

Ficha Técnica:

Data de lançamento: 11 de abril de 2014
Elenco: Chris Evans, Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Anthony Mackie, Cobie Smulders, Frank Grillo, Emily VanCamp e Hayley Atwell, com Robert Redford como Alexander Pierce e Samuel L. Jackson como Nick Fury.
Diretores: Anthony e Joe Russo
Roteiro de: Christopher Markus & Stephen McFeely  

Fotografia: Trent Opaloch