Longe das novelas desde 2012, Luana Piovani está com a gente cheia em 2014. Atualmente, a atriz ensaia duas peças (“Mania de Explicação” e “Sonhos de Sedutor) e já se prepara para rodar outros dois filmes (as comédias “Reveillon” e “‘Berenice Procura”, na qual interpretará a protagonista).
Sucesso de bilheteria na pele da “Mulher Invisível” (2009), ela ainda está de volta aos cinemas com “Insônia”.
Rodado em 2007 e 2008, o filme do diretor gaúcho Beto Souza enfrentou dificuldades de captação de recursos e distribuição e só agora pôde enfim ser lançado. “Tenho muita alegria de ter esse filme finalizado. É mais um DVDzinho na minha estante. Mais um troféu que a gente tem”, diz Luana.
Baseada no livro homônimo de Marcelo Carneiro da Cunha, a trama retrata os conflitos adolescentes de Cláudia (Lara Rodrigues), uma menina de 15 anos que empreende uma relação de cumplicidade com Andreia (Luana Piovani), a nova namorada do pai (Daniel Kuzniecka).
Ao lado da jovem amiga, a personagem faz as vezes de conselheira, algo que, segundo a atriz, a aproxima de sua personalidade. Luana não precisou fazer laboratório nem pesquisas para o papel.
“Tenho uma personalidade muito maternal. Gosto de acolher as pessoas, de ajudar. De dividir um pouco o que minha experiência traz. Acho que, ao longo da minha vida, as pessoas foram muito generosas comigo. E eu tento também fazer com que a mesma coisa aconteça no lado inverso.”
E que conselho a mentora Luana de hoje, ao 37 anos, daria à de 15? “Talvez ser mais corajosa. Quando Jorge furtado me convidou para fazer o filme ‘Saneamento Básico’ [de 2007], fiquei apreensiva e abri mão do papel por causa de uma cena de nu frontal da personagem em uma cachoeira, filmada pelo namorado. E a cena de nudez acabou nem aparecendo no filme. Dei mole”, lamenta.
Lançado um mês após “Confissões de Adolescente”, de Daniel Filho, “Insônia” parece preencher uma lacuna do cinema adolescente no Brasil. Produções como “Duendes da Morte” (2009), de Esmir Filho, e “As Melhores Coisas do Mundo” (2010), ainda são exceção Para atriz, porém, esse é um cenário que pode mudar em breve.
“Acho que o filme é mais um passo na história do cinema brasileiro. Principalmente porque é um filme jovem, uma coisa que tão pouco se produz. Apesar do público jovem ser tão grande e importante, ainda há pouca coisas sendo oferecidas e ele. Ou os filmes são infantis, e também não há muita opção, ou são adultos.”
fonte: UOL