Desigualdade social é um dos temas da conversa entre Mano Brown e Drauzio Varella no episódio desta semana do Original Spotify Mano a Mano. “A hora que você conseguir dar escola de qualidade para todos, o Brasil vai virar um grande país (…) uma hora o Brasil vai ter que dizer basta”, opina o médico. “Às vezes eu penso que o Brasil foi construído em cima de uma pirâmide de injustiças.
E se você quiser arrumar o Brasil, você vai ter que tirar o tijolo que está lá na base, lá embaixo, lá que tem que mexer, e aí cai, porque o Brasil foi feito em cima da desigualdade. O sistema de classe, a coisa da raça veio junto, depois os dois juntos, nunca mais desgrudou, a gente ficou atrelado à pobreza”, complementa o MC.
O médico paulistano conta sobre a infância em meio aos imigrantes, a carreira e as experiências como médico no sistema prisional brasileiro e, junto com Mano Brown, conversa também sobre a morte, o medo e a sobrevivência nos tempos atuais.
Brown, por sua vez, revela que teve uma época em que achou que morreria cedo por alguma decisão errada.
“Quando você tem a cabeça vazia, a cabeça de vento, é o momento mais frágil da vida de uma pessoa. Eu podia ter parado em uma detenção também, fácil. Eu já me imaginei, achava que não ia viver muito”, conta. E também relembrou a gravação do videoclipe Diário de um detento, no Carandiru, em São Paulo. “Só de ter gravado aquele clipe lá dentro, despertou numa rapaziada que era mais ligada em música, essa esperança de poder fazer um som e começou a surgir os grupos (de rap)”, diz.
O segundo episódio do podcast Original Spotify Mano a Mano vai ao ar nesta quinta-feira, 02, grátis, só no Spotify. Ao todo, são 16 episódios, toda quinta-feira, com assuntos importantes, interessantes, histórias reveladoras no melhor estilo ‘mano a mano’, um Original Spotify. Escute aqui.