Acabou o amor? Tom Holland deve encontrar alívio por estar filmando o terceiro filme do “Homem-Aranha”, porque seus últimos filmes fora da Marvel estão sendo dilacerados pela crítica.
Lançado na sexta-feira (5) nos cinemas americanos, a sci-fi “Mundo em Caos”, em que ele contracena com Daisy Ridley (a Rey de “Star Wars”), implodiu com míseros 24% de aprovação no Rotten Tomatoes e deve dar enorme prejuízo nas bilheterias. Filmado originalmente em 2017, o filme teve que passar por extensas refilmagens após reações abismais nas exibições de teste. Mas pela repercussão crítica, nem isso salvou sua história.
A crítica do jornal The New York Times chamou o filme de “distopia padrão”, a revista Hollywood Reporter apelou para Shakespeare para descrevê-lo como “som e fúria não significando nada de interessante” e o The Boston Herald resumiu que “Rey Skywalker e o Homem-Aranha mereciam um filme melhor do que este.”
Com direção de Doug Liman (“No Limite do Amanhã”), o filme adapta o primeiro volume da franquia literária homônima de Patrick Ness (autor de “Sete Minutos Depois da Meia-Noite”) e deveria (mas não vai) originar uma trilogia cinematográfica.
A trama se passa em outro planeta, após a Terra ficar inabitável. Quando um vírus infecta aquela civilização, fazendo com que os pensamentos de todos os homens sejam externados sem controle, o caos se instala, as mulheres desaparecem misteriosamente e um autocrata corrupto (Mads Mikkelsen, de “Rogue One”) se instala no poder. É neste lugar distópico que a astronauta vivida por Daisy Ridley vai parar, após sua nave apresentar problemas. Considerada uma ameaça para os homens, que não conseguem saber o que ela pensa, a jovem tem ajuda de um adolescente (Holland) que nunca viu uma mulher na vida para escapar da política de genocídio.
“Mundo em Caos” estreia no Brasil apenas em 8 de abril.
Sem ser tão ruim quanto o outro, “Cherry” também decepcionou quem esperava algo mais desse reencontro, com uma pontuação decepcionante de 38% no Rotten Tomatoes.
A CNN descreveu o longa como “um filme irregular”, a revista Radio Times chama o enredo de “previsível” e o ritmo estonteante do filme de “cansativo”, acrescentando que o estilo sobrecarregado adotado pelos Russo não faz nada para melhorar a história.
“Dificilmente há um momento em ‘Cherry’ que seja crível, mas o verdadeiro crime do filme é que dificilmente há um momento nele que seja agradável também”, dissecou a revista Variety. “Uma tentativa de ser tudo ao mesmo tempo, o que faz com que não pareça nada”, reclamou o Daily Beast.
Ou, na definição do site The Wrap: “Uma história dolorosamente familiar de trauma e vício que muitas vezes parece uma versão cover de filmes antigos e melhores sobre guerra e drogas”.
O jornal canadense Globe and Mail foi particularmente cruel: “Tenho quase certeza que, em seus corações, os irmãos Russo sentiam que estavam criando uma resposta forte e artística para aqueles que acreditavam que eles só servem para coreografar destruição criada por computação gráfica. Mas ‘Cherry’? É uma bomba”.