Quando foi chamada para escrever The Witcher na Netflix, adaptando os livros de Andrzej Sapkowski, Lauren S. Hissrich acreditou que não fosse capaz de transpor o universo para as telas, chegando a dizer para sua contratante talvez não fosse a pessoa ideal para a missão. Quando o programa foi anunciado, gerou comoção entre os fãs, e quando lançado, o programa alcançou 76 milhões de visualizações nos cinco primeiros dias no ar.
A autora contou que prestou atenção em todas as críticas do público, e sua recepção às diversas histórias para construir o enredo da segunda temporada. As principais reclamações eram sobre as três linhas do tempo presentes na narrativa, e sobre uma das protagonistas: Ciri (Freya Allan), com a qual o público não conseguiu ter uma conexão.
Sobre o que ela preparou para a segunda temporada, além de simplificar a linha do tempo, abordará um pouco mais das emoções do protagonista, Geralt de Rívia:
“Acho que um dos tipos de conflitos internos em Geralt é o desejo de não se envolver. Quero dizer, desde o primeiro dia, ele disse: ‘Sou uma festa neutra. Não quero fazer parte disso’. Acho divertido um protagonista que tem essa casca externa, um homem durão que está andando pelo mundo e está determinado a não precisar de ninguém. Ele está lá para fazer o trabalho dele, por dinheiro. É só com o que ele se importa.
Chamamos de síndrome do cavaleiro branco – seu desejo interno de ser um herói e o tipo de emoções humanas que ele não pode deixar de filtrar, mesmo que esteja determinado a dizer a todos que ele não tem capacidade emocional. Isso vai explodir na segunda temporada”.