Ana Valeria Becerril é uma atriz mexicana de 23 anos, protagonista de ‘‘Control Z”, série da Netflix.
A série mostra um grupo de estudantes que começa a sofrer diversas mudanças em suas vidas depois que um hacker começa a expor seus segredos para toda a escola. A partir daí, quem rouba a cena é a excluída e observadora Sofia (Ana Valeria), que vai descobrir quem está por trás disso tudo.
Mesmo tão nova, Ana já tem uma carreira promissora: ela já ganhou o troféu de Melhor Revelação Feminina no 60º Prêmio Ariel 2018, por seu trabalho no drama ”Las Hijas de Abril”.
Confira essa entrevista exclusiva com a estrela:
1. Ana Valeria, muito obrigado por falar conosco. Gostaria de saber como surgiu o seu interesse em atuar.
Bom, meu interesse em atuar surgiu atuando. (risos) Comecei a atuar quando tinha cerca de 14 ou 15 anos e naquela época se tratava apenas de algo divertido que fazia parte da escola, mas depois comecei a refletir que quando saísse do ensino médio precisaria encontrar algo para estudar. Foi nesse momento que eu escolhi a atuação pois era um campo que eu já conhecia e que me fascinava.
2. Como surgiu o papel de Sofia e como você se preparou para o personagem? A Sofia foi a personagem que mais me exigiu como atriz, já que foi necessária muita pesquisa e uma minuciosa análise para que pudesse falar com prioridade de cada uma das arestas que a Sofia aborda em sua jornada. Precisei pesquisar muito sobre o tema da saúde mental para que pudesse desenvolver o dom da observação que possui a Sofia, mas foi um processo super divertido.
3. A série “Control Z” (esse é o nome aqui no Brasil) fala sobre os impactos da tecnologia na vida dos jovens e como as fofocas se espalham no ambiente escolar, podendo até destruir vidas. Na sua opinião, você acha que a série servirá como um aviso para uma nova geração?
Acredito que a série não tenta ensinar a ninguém – ou pelo menos as mensagens que contamos não possuem um objetivo moral. Na verdade, o show mostra situações que os jovens estão vivendo hoje em dia e creio que isso poderia dar força para a mensagem de que o bullying é uma violência e traz consequências muito sérias. Eu creio que o nosso trabalho terá êxito se provocar nas pessoas uma reflexão profunda ou algo que as incentive em mudar a sua maneira de se relacionar com seus colegas. Se conseguirmos isso, já vencemos.
4. Qual foi o maior desafio de viver Sofia? O que você aprendeu com esse trabalho?
Sim, Sofia me ensinou muitas coisas! Ela me ensinou a ser valente e perseverante, e era exatamente disso que eu precisava naquele momento. Ser protagonista de uma série na Netflix era algo muito assustador para mim, mas não poderia deixar de citar a colaboração dos meus colegas pois eles carregaram comigo esse projeto e hoje o resultado disso é maravilhoso.
5. Aqui no Brasil, a série está sendo um sucesso, inclusive sendo comparada a “Elite” e “Gossip Girl”. Na sua opinião, qual é o segredo do sucesso deste projeto?
Eu acho que há várias coisas que fazem do “Control Z” um programa de sucesso. Acredito que vai desde um roteiro bem estruturado, um tema importante até o grupo de diretores que sabem exatamente como lidar com um grupo de jovens atores. Por isso eu digo que umas das grandes razões pelas quais o “Control Z” flua tão bem é por causa da sua equipe, pois existe química entre nós, somos amigos e cada um se dedicou muito nesse projeto.
6. O show foi renovado para a segunda temporada. O que podemos esperar de Sofia no próximo ano? Eu ainda não li os roteiros e por isso eles ainda são uma completa incógnita para mim, mas eu gostaria de ver a Sofia resolvendo algumas questões, como por exemplo: Onde está o seu pai? O que aconteceu com ele? Como está Javier e o que acontecerá com ele? Também tenho vontade de ver a Sofia tendo mais amigas mulheres.
7. No mundo da arte, quem são suas maiores inspirações?
Eu sou uma pessoa que idolatra muito a muitas pessoas, pois tenho muitos atores e atrizes favoritos e provavelmente troco de ator ou de atriz favorita toda semana! (risos)
Na verdade, o que eu busco fazer é observar e apreciar o bom trabalho que esses artistas desenvolvem, de modo que consiga aplicá-lo de alguma forma ao meu trabalho. Respondendo a sua pergunta, eu admiro muito atores como Joaquin Phoenix, Adam Driver, Irene Azuela (atriz mexicana) e outros, confesso que a lista é enorme. *