Crítica: ”Vai Anitta”

A série documental de Anitta na Netflix chegou cheia de pompa. Gravada no ano passado no Rio e nos Estados Unidos, o documentário é dividido em seis episódios e conta com entrevistas com a funkeira, familiares, amigos e colegas de trabalho.

Num primeiro momento, é possível ver que tudo é muito bem montado e editado. Acompanhamos Anitta durante entrevistas, gravações em estúdio, churrascos em sua casa, mas o documentário ainda mantém seu tom formal. A cantora relembra o início da carreira, num dos melhores momentos da série; depois conhecemos seu então marido, Thiago, do qual se separou após menos de um ano de casamento, que conta como os dois se conheceram. Também é possível ver como foi filmado o clipe ”Vai, Malandra”.

Os amigos estão lá para bajular, dizer o quanto Anitta é maravilhosa, querida, verdadeira, gênia. Todos concordam com suas estratégias mirabolantes para o lançamento das músicas do projeto ”Checkmate” e dizem que a cantora ”mudou a vida deles para melhor”. Seus familiares, em especial seu irmão Renan, contam que a cantora nasceu para brilhar e desde cedo queria ser famosa. Também estão presentes na série os parceiros Poo Bear, Alesso, Jojo Toddynho, Rita Ora e Nego do Borel.

A cantora, óbvio, evita se meter em polêmicas e pouco fala de sua saída da Furacão 2000 e de sua briga com a ex empresária Kamila Fialho. Entre histórias minimamente engraçadas e algumas cenas bem forçadas (claro, Anitta entra em uma lanchonete na Zona Sul e imediatamente vira parça de todos os balconistas), a série serve pra mostrar que a cantora tem uma visão de marketing poderosa e vontade de vencer. E só. A direção, sem estilo, é dos irmãos Sam e John Shahidi.

 

Cotação: Regular