Bright

Um dos atores mais bem pagos dos anos 80 e 90, o ator e cantor Will Smith foi criticado nos últimos anos por conta de projetos duvidosos nos quais embarcou, como ”Depois da Terra” (onde atuou ao lado do filho), ”Um homem entre gigantes” e ”Beleza Oculta”, sem contar o lamentável ”Esquadrão Suicida”, do ano passado. Se você achava que ”Bright” poderia ser a redenção do ator… pense duas vezes.

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Tido como um dos maiores lançamentos da Netflix para o fim de ano e alvo de uma gigantesca campanha de divulgação na internet, ”Bright” trazia uma proposta interessante: num futuro próximo, um policial humano e seu parceiro orc encontram um artefato que os coloca no centro de uma profética guerra por território. Os atores principais do filme, Will e o australiano Joel Edgerton (”O Presente”) parecem dar seu melhor, mas a trama confusa atrapalha – e muito.

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O orc Nick (Edgerton) sofre preconceito no departamento de polícia, onde trabalha ao lado de Ward (Smith). Ward não se sente confortável ao trabalhar ao lado de um orc, porém, cumpre as regras. Um dia, enquanto fazem a ronda, recebem um chamado diferente e vão até uma casa onde se encontra a elfa Tikka, interpretada por Lucy Fry (a Vasilisa Dragomir do péssimo ”Vampire Academy: O Beijo das Sombras”, também disponível na Netflix). Tikka possui uma varinha mágica, artefato que roubou de gente perigosa que agora vai atrás dela sem piedade. Juntos, os três precisam deter as ”forças do mal” e proteger o objeto.

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A trama é confusa, rápida e tem tiros demais – no maior estilo ”muito barulho pra nada”. Ward e Nick não se entendem e ficam presos numa situação de risco onde precisam se aturar, mas o roteiro força uma ”amizade” em alguns momentos. Lucy Fry está bem como a elfa assustada e é provavelmente a melhor coisa do filme. A direção ficou por conta de David Ayer  (sim, o mesmo de ”Esquadrão Suicida”) e o roteiro é de Max Landis (da ótima ”Dirk Gently’s Holistic Detective Agency”).

 

Cotação: Ruim