A vigilante do amanhã

Em 2029, num mundo onde qualquer pessoa pode ter um corpo melhorado, vive Major (Scarlett Johansson).
Com visão de raio X, um corpo sintético preparado para lutar, a única coisa que a pertence é seu cérebro, que guarda memórias e sensações que ela não entende. O filme é baseado no mangá de mesmo nome escrito por Masamune Shirow (sendo a mais famosa, “Ghost in the Shell”, de 1995).

Quando um grupo de funcionários da Hanka é morto, Major precisa combater crimes cibernéticos, e para isso tem ajuda do fiel Batou (Pilou Asbæk, de ”Game of Thrones”).
Juntos, eles vão capturar o hacker Kuze (Michael Carmen Pitt), responsável pelas mortes e que de alguma forma tem uma ligação com o passado de Major. Quando exige explicações da cientista Ouelet (Juliette Binoche), Major descobre que existe mais humanidade nela do pensava.

Com direção de Rupert Sanders (conhecido pelo dispensável ”Branca de Neve e o Caçador”, que lhe rendeu um romance com a atriz Kirsten Stewart e o fim de um casamento), o filme tinha tudo para decepcionar o público – uma polêmica sobre a escolha da atriz para interpretar a personagem foi criada – mas deve agradar aos fãs do quadrinho. A adaptação tem tons de ”O Show de Truman”, ”Eu, Robô”, ”Matrix” e ”Blade Runner”.
Scarlett Johansson, que vem se dedicando a projetos interessantes como ”Ela” (de Spike Jonze), ”Sob a Pele” (de Jonathan Glazer) e ”Lucy” (de Luc Besson), está ótima no papel de Major. A direção de fotografia, fantástica e colorida, ficou por conta de Jess Hall (”Transcendence” e ”O Maravilhoso Agora”).

 

Cotação: Muito bom