A heroína Mulher-Maravilha foi tema de um painel em comemoração dos seus 75 anos, completados neste mês. Para celebrar a data, a CCXP (Comic Con Experience) organizou um painel com o roteirista americano Brian Azzarello e o canadense Yanick Paquette. Curiosamente, nenhuma mulher foi convidada.
Azzarello e Paquette conversaram sobre como a heroína ajudou a moldar a cultura pop no século 20. “Ela ajudou a moldar o feminismo na cultura pop. Mas não trabalhei ela assim, porque isso já é parte dos meus valores morais. Sou de esquerda, tenho uma visão moderna de valores e defendo esses valores nas minhas HQs.”
Exceto por essa declaração de Paquette, o bate-papo não girou em torno de feminismo ou da mulher na cultura pop e foi focado mais na relação dos roteiristas com a personagem e bastidores da produção dos quadrinhos. Os dois artistas produziram algumas edições dos quadrinhos da Mulher-Maravilha no passado.
O mediador do painel até tentou puxar alguns assuntos sobre o filme, mas Azzarello desconversou. “Eu não vi o filme. Não sei o que dizer. Posso afirmar que o visual está muito semelhante e que ela é tão poderosa quanto o Super-Homem”, disse.
“Há no filme um subtexto erótico, lésbico. Mas há outras coisas tão interessantes quanto sobre a Mulher-Maravilha no quadrinho. Ela é uma típica lutadora e não tem medo de lutar”, disse Paquette.