Dredd

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O ano de 2012 foi marcado por muitos filmes de super-heróis. Batman – O Cavaleiros das trevas Ressurge e Os Vingadores causaram um alvoroço no público fan desse tipo de filmes que raramente se vê por aí. Ok, não vou ficar falando do histórico de filmes de heróis, só citei isso pra vocês lembrarem o contexto em que Dredd foi lançado.

Apesar de ser um filme de herói misturado com ficção científica, Dredd não tem absolutamente NADA em comum com Batman ou Vingadores. Pouco tem em comum com o filme original (Dredd é um remake do filme O Juiz, de 1995 com Sylvester Stallone) e isso eu falo como algo positivo.

Dredd é um filme super violento, mas não chega a ser caricato, pelo contrário: o excesso de sangue, mutilações, crânios explodindo e balas perfurando corpos traz uma sensação de frieza vista em poucos filmes, como na saga Jogos Mortais. O filme acontece, quase por inteiro, dentro de um prédio de 200 andares chamado Peach Trees e há muitas cenas de tiroteio. Logo no final do análise vou colocar a sinopse e o trailer, então, não se preocupe em entender o filme agora. São poucas as cenas de luta no filme, mas a primeira cena de ação (logo aos 3m e10s) é uma ótima perseguição em que bandidos estão em uma van e o juiz Dredd (Karl Urban de Padre, 2011) está pilotando sua moto futurística cheia de armas embutidas.

Há algumas coisas que não posso deixar de comentar sobre esse filme, pois elas são o motivo da minha vontade de escrever sobre ele:

  1. As cenas em câmera lenta são fantásticas. Tanto na fotografia, cores e tudo mais – que nos faz acreditar que o tempo se passa a um centésimo do normal – quanto no uso dessas cenas em meio a tiroteios e execuções.
  2. A estética violenta e a linguagem utilizada deixam bem claro que é um filme para o público adulto. São poucos filmes que se arriscam a esse ponto.
  3. Lena Headey (a Rainha Gorgo de 300, ou se preferir, Cersei Lannister de Game of Thrones) está magnífica como a traficante de drogas Ma-Ma.
    Cruel, imprevisível e odiável como um bom vilão deve ser.
  4. Tiroteios em primeira pessoa lembram muito a estética de games de tiro.

Sem mais demora, vamos à sabatina do filme pelo Clube da Adrenalina:

Dredd tem a duração de 95 minutos e um total de 10 sequências de ação.

Considero como a melhor sequência de ação o tiroteio que acaba com um andar inteiro do prédio, com direito a duas Ponto 50, aos 46 minutos e 15 segundos de filme, é tiro que não acaba mais. Considero a melhor cena de ação o tiroteio em câmera lenta que começa aos 21 minutos e 30 segundos. Detalhe pro excesso de sangue, câmera em primeira pessoa e carnes humanas explodindo na tela nessa cena.

Quanto ao nível de brutalidade/realidade: Brutalidade hardcore elevado a décima potência, ou melhor dizendo, nível Bruce Lee + Chuck Norris de brutalidade.

A qualidade da ação é inquestionável nos planos em câmera lenta, mas de resto se baseia somente em tiroteios. Há poucas cenas de luta e apenas uma de perseguição.

O roteiro da ação está bem desenhado, apesar de ser quase um filme em homenagem à brutalidade, a ficção como pano de fundo do filme sustenta a imersão do espectador. História requentada, porém muito melhor que a original.

A trilha sonora bastante presente, sem muitos detalhes especiais.

Os protagonistas do filme são juízes que tem armas especiais com vários tipos de munição e o poder de decidir o julgamento e o cumprimento da pena de qualquer um. Um é o típico herói e o outro é um aprendiz. Não se meta com um deles!

Então vamos para a pontuação do filme:

  • Quantidade de sequências de ação + nota da melhor cena/sequência: 10 + 8 gramas;
  • Veracidade da ação: 30 gramas;
  • Qualidade da ação: 17 gramas;
  • Roteiro: 8 gramas;
  • Trilha sonora: 7 gramas;
  • Total: 80 gramas de adrenalina em 98 minutos de filme

Até o momento é o filme com maior pontuação até agora. Pra quem quer saber mais sobre o filme, veja aqui embaixo a sinopse e o trailer:

Sinopse:

O juiz Dredd (Karl Urban) vive na megalópole Mega City Um, um oásis de civilização na Terra Maldita, cerca de 120 anos no futuro. Bastante temido pelos infratores da lei, ele acumula os cargos de polícia, de juiz e ainda tem o poder de executar suas sentenças. Um dia, ele é encarregado de treinar uma candidata a juíza com poderes mediúnicos (Olivia Thirlby), e neste primeiro dia de teste os dois enfrentam a maior e mais perigosa traficante de drogas do local (Lena Headey).