Quero começar essa matéria esclarecendo uma coisa: eu estava louco pra ver esse filme! Por isso, talvez, vocês sintam uma pontinha de desilusão nas próximas linhas; não que o filme seja ruim – e não é mesmo, diverte e tem boas cenas – mas a questão é que o Busca Implacável 1 é fora dos padrões, inovou em algumas áreas e surpreendeu a muitos que achavam que o gênero de ação já estava esgotado.
O que aconteceu com Busca Implacável 2 (Taken 2, no original)?
Do início do filme até a primeira cena de ação – que só se inicia realmente aos 29 minutos de filme, com uma longa perseguição no centro de uma cidade Albanesa – tudo acontece perfeitamente: as expectativas do público são bem dosadas com cenas de tortura intercalando cenas da família de Bryan Mills (Liam Neeson) um ex-agente da CIA e sua ex-esposa Lenore (Famke Janssen) e filha Kim (Maggie Grace).
Até aí tudo bem, apesar de eu achar que demorou muito para começar a ação, sei que se a ideia é manter as características do primeiro filme o roteiro seria desenhado assim:
1- Enrolação pra contar história e fazer o público se aproximar dos personagens;
2- Cena do sequestro;
3- Liam Neeson matando todo mundo que aparece na frente com golpes que só agentes da CIA sabem usar, no melhor estilo John Reese;
4- Resgate, comemoração e créditos;
Fui ver o filme com essas expectativas, se ele seguisse essa ordem seria ótimo como no primeiro filme, entretanto, a história levou muito tempo pra chegar à cena do sequestro (ótima por sinal), o ritmo na parte central do filme é perdido tanto porque a ação se concentra, em grande parte, na filha adolescente (Maggie Grace) que tem a função de salvar o pai e a mãe, tanto na demora em chegar no ponto crucial do filme (Liam Neeson matando geral sem dó nem piedade, fala sério, todo mundo só foi ver o filme por causa disso!). Sem falar que um sequestro por motivo de vingança não é tão forte quanto o sequestro feito no primeiro filme em que capturam a Kim (filha adolescente) com outras garotas inocentes, drogam elas e vendem como escravas no mercado negro.
Enfim, chega de críticas ao filme, vamos partir pra análise da Adrenalina!
Busca implacável 2 tem a duração de 91 minutos e um total de 7 grandes sequências de ação.
Considero como a melhor sequência de ação a fuga de carro que começa em 1 hora 4 minutos e 22 segundos de filme, é muito empolgante e tenso ao mesmo tempo. Considero a melhor cena de ação a luta final em que Bryan Mills (Liam Neeson) enfrenta o que parece ser outro agente, pois as habilidades de lutas são parecidas (basicamente técnicas de Aikido. Essa cena começa em 1 hora 38 minutos e 18 segundos e é a última luta de verdade do filme.
Quanto ao nível de brutalidade/realidade: Há pouco sangue aparecendo no filme, mas o que aparece é bem realista, as lutas são brutas e há uma quantidade enorme de ossos quebrados (sempre dos inimigos, é claro).
A qualidade da ação é variável durante o filme. Há muitos planos picotados para dar àquela sensação de ação quando na verdade a luta está sendo feita bem devagar, porém algumas cenas são muito bem montadas e não incomodam tanto a vista.
O roteiro da ação está bem amarrado na história, contudo o argumento do filme é fraco, se fosse possível comparar com algo eu compararia com uma comida requentada no micro-ondas. =0
A trilha sonora está presente no filme em diversos momentos, menos nas cenas de luta (o que é uma escolha da direção, mas me incomoda um pouco), não chega a ser ruim, mas poderia acrescentar mais à ação se fosse mais presente.
O protagonista do filme é um personagem #superagentedaCIA que quase nunca erra um tiro e mata vilões com as mãos como se fosse formigas ou mosquitos #adoro.
Então vamos para a pontuação do filme:
· Quantidade de sequências de ação + nota da melhor cena/sequência: 7 + 9 gramas;
· Veracidade da ação: 24 gramas;
· Qualidade da ação: 10 gramas;
· Roteiro: 5 gramas;
· Trilha sonora: 6 gramas;
· Total: 61 gramas de adrenalina em 91 minutos de filme
Fiquem agora com os extras do filme:
Sinopse:
Bryan Mills é um ex-agente da CIA e está separado de Lenore, mas se mantém sempre próximo da filha Kim. Um dia, ao pegá-la para mais uma lição de direção, Bryan vê o atual namorado de Lenore deixar a casa dela às pressas. Logo descobre que ele cancelou uma viagem à China, onde Lenore pretendia passar um período de descanso ao lado da filha. Bryan convida ambas a encontrarem com ele em Istambul, na Turquia, onde terá que realizar um serviço nos próximos dias. Elas topam e o encontram na cidade. Bryan não esperava era que Murad Krasniqi (Rade Serbedzija), o pai de um dos sequestradores mortos por ele ao resgatar a filha, deseja vingança. Para tanto elabora um plano onde não apenas Bryan corre risco de morte, mas também a filha e a ex-esposa.
Fotos: