Mais um filme que passa pelo Clube da Adrenalina. Agora é a vez da ficção científica mais comentada e elogiada pelos críticos em 2012 – Looper: Assassinos do futuro, escrito e dirigido por Rian Johnson (A Ponta de um Crime, Os Vigaristas).
No elenco temos Bruce Willis e Joseph Gordon-Levitt que vivem o mesmo personagem.
Na trama, Joseph Gordon-Levitt interpreta um “looper”, um executor da máfia especializado em dar cabo de vítimas que são despachadas do futuro. Seu trabalho é matar o “pacote” e dar sumiço no corpo (não existe lugar melhor para isso do que um tempo em que a vítima sequer existe). Viciado, desregrado e com um plano, o protagonista depara-se com o maior problema possível para um looper: quando sua vítima foge. Pior ainda… quando a vítima é ele mesmo – ou sua versão 30 nos mais velha (Bruce Willis). O filme estreou dia 28 de setembro nos cinemas brasileiros.
Pronto agora que vocês já sabem do que se trata o filme – lembrando que vou colocar o trailer e a sinopse oficial logo abaixo da medição de adrenalina – vou começar a análise da ação do filme.
Looper tem a duração de 118 minutos e um total de 10 sequencias de ação.
A primeira cena que considero como cena de ação só acontece as 22 minutos e 29 segundos e ainda assim é muito curta. Na verdade o filme é muito bom e bem estruturado na sua parte de ficção científica, mas na parte de ação é bem fraco. Considero a melhor sequência de ação a que começa em 1h 38m 10s, com Bruce Willis preso e encapuzado matando mais de 20 homens armados. Nessa sequência o diretor optou pela elipse para causar humor, ou seja, escondeu muitas informações da cena pra fazer do personagem de Willis um assassino imbatível com suas caretas e frases bem humoradas na hora de atirar com qualquer coisa que ele vê pela frente.
Quanto ao nível de brutalidade/realidade: Há bastante sangue nas cenas de ação, mas como elas são bem fracas, acaba não sendo muito marcante durante o filme. Realce para a cena em 1h e 35m em que o garotinho Cid (Pierce Gagnon) coberto de sangue.
A qualidade da ação é fraca. Praticamente não há cenas de luta, apenas tiroteios (ou mortes com um tiro só). A principal arma do filme é a “Blunderbusses” ou “Bacamarte” como foi chamada em português. Essa arma mata com um único tiro e só acerta bem de perto – de longe ela não acerta nada, mas de perto é impossível errar.
O roteiro da ação está bem amarrado na história, porém poderia ser mais desenvolvida. As cenas são curtas e se resolvem rapidamente.
A trilha sonora sempre presente nos momentos de antecipação da ação e durante os conflitos. Trilha bastante condizente com a ação.
O protagonista do filme é um personagem de assassino especialista, mas que falha em vários momentos (versão nova com Joseph Gordon-Levitt). A versão mais velha do personagem (Bruce Willis) é quase invencível e nas cenas dele, o público já sabe que ele vai matar todo mundo, só questão de tempo!
Então vamos para a pontuação do filme:
- Quantidade de sequências de ação + nota da melhor cena/sequência: 10 + 5 gramas;
- Veracidade da ação: 16 gramas;
- Qualidade da ação: 6 gramas;
- Roteiro: 7 gramas;
- Trilha sonora: 7 gramas;
- Total: 51 gramas de adrenalina em 118 minutos de filme
Sinopse oficial:
Kansas City, 2044. Viagens no tempo são uma realidade, mas estão apenas disponíveis no mercado negro. Seu principal cliente é a máfia, que costuma enviar ao passado pessoas que deseja que sejam eliminadas, já que é bastante complicado se livrar dos corpos no futuro. Os responsáveis por estes assassinatos são os loopers, organização a qual Joe (Joseph Gordon-Levitt) faz parte. Um dia, ao realizar mais um serviço corriqueiro, ele descobre que seu alvo é a versão mais velha de si mesmo (Bruce Willis), trazida em viagem no tempo por ter se tornado uma séria ameaça à máfia no futuro.
Trailer: