“Eu me apaixonei por alguém por quem eu daria minha vida. E isso é como uma droga, não é?” Amy Winehouse.
Intensa, inconsequente, maravilhosa, verdadeiramente uma cantora de jazz, deprimida, espontânea… O documentário de Amy Winehouse trás um olhar íntimo de sua vida e conta um pouco de seus relacionamentos amorosos, idas e vindas familiares e paixão pelos amigos. Mais que isso, nos mostra também o quanto ela era admirada pela voz e pelo talento dentro do jazz, a ponto de ser considerada referência do gênero por Tony Bennett.
Um filme simples que evoca a menina de Londres para nos mostrar que a adulta famosa e vencedora de tantos prêmios era nada mais, nada menos, que um reflexo da adolescente rebelde que podia ser e fazer o que quisesse, e assim o fazia. Ele trás um toque caseiro que envolve e te faz sentir como se fosse próximo da Amy. É como se vendo cada um daqueles vídeos caseiros feitos por ela e seus amigos, fizemos parte dessa história também.
A impressão que dá também é que Amy passou a vida num looping infinito entre sobriedade, paixão, drogas e reabilitação. Somado ao incessante sensacionalismo midiático, que zombava e se aproveitava de cada passo em falso dela para vender sem dó nem piedade. E ao pai que ela tanto venerava e que só se preocupava com o dinheiro e a fama da filha, ignorando sua saúde e seu amor. Contando apenas com seus amigos que sempre lhe estendiam a mão e a salvavam de todo o resto.
O documentário é todo dividido em pequenos vídeos caseiros, entrevistas e apresentações musicais (que incluem trechos de clipes). Infelizmente ele não consegue manter uma continuidade nesses tantos trechos e no fim temos a impressão de que faltaram várias pequenas informações sobre a história da cantora. Para quem é fã, o filme é maravilhoso, trás uma proximidade sincera e singela. Para quem não é, ele é apenas ‘ok’. Não emociona e se perde em alguns momentos.
Classificação: Bom
Essa crítica foi escrita em parceria com Stéfanie Moufarreg.
Assista o trailer:
