De nada adiantou a Universal Pictures tentar amenizar “Cinquenta Tons de Cinza”. O filme, que é precedido por uma divulgação voltada para o romantismo e teve seu roteiro reescrito para diminuir as cenas de sexo, recebeu classificação etária indicativa para maiores de 18 anos no Brasil. A mesma classificação de “Ninfomaníaca”, por exemplo.
A proibição para menores era esperada, já que se trata da adaptação de um best-seller erótico. Mesmo assim, ela é encarada como um incômodo para o estúdio, pois filmes de censura elevada costumam ter menos público – adolescentes respondem pelas maiores bilheterias do cinema.
Nos EUA, o filme recebeu classificação similar, “R”, que proíbe menores de 17 anos de assistiram a exibição desacompanhados. Isto não o impediu de bater recorde de vendas antecipadas de ingressos por lá.
No Brasil, a justificativa para a censura foi “conteúdo sexual forte, incluindo o diálogo, comportamento sexual incomum e nudez gráfica”. A rede Cinemark já está vendendo ingressos para as primeiras sessões do filme no país.
Com direção de Sam Taylor Johnson (“O Garoto de Liverpool”), “Cinquenta Tons de Cinza” acompanha o relacionamento entre Christian Grey (Jamie Dornan, da série “The Fall”), um bilionário sadomasoquista, e Anastasia Steele (Dakota Johnson de “Need for Speed”), uma jovem inexperiente que cede aos fetiches do novo namorado.
O filme terá sua première mundial no Festival de Berlim em 11 de fevereiro, um dia antes de chegar aos cinemas no Brasil.