Aos 25 anos, Polliana Aleixo vive um momento incrível em sua carreira: está nos cinemas com o filme “A Sogra Perfeita”, em que tem um dos papéis centrais. Nele, ela interpreta a personagem Ciléia, funcionária do salão de Neide (Cacau Protásio), e que será treinada pela mesma para se tornar a “mulher perfeita” para seu filho Fábio Júnior (Luiz Navarro); e em breve será vista em ”El Presidente”, série da Amazon Prime.
Saiba mais sobre a atriz e seus projetos nessa entrevista exclusiva:
1. Oi Polliana, tudo bem? Primeiramente, super obrigada por conversar com a gente! Gostaria de começar perguntando o que levou você a se tornar atriz, quando ainda era criança.
Obrigada vocês pelo espaço e interesse no meu trabalho! Eu comecei como a maioria das crianças, fazendo publicidade, aos sete anos de idade. Aos onze fiz minha primeira novela na Globo e tem sido essa longa e deliciosa jornada desde então. Eu era muito nova e, confesso, que não tenho uma noção real do que eu pensava naquela época, mas eu gostava. Hoje, adulta, entendo que sempre fui curiosa e tive sede de vida, acho fascinante poder viver muitas vidas em uma só. Comecei porque fazia meu coração bater mais forte e sigo até hoje porque ainda faz.
2. Depois de diversos trabalhos na Rede Globo e na Record, você está na comédia ”A sogra perfeita”, filme dirigido por Cris D’Amato, a mesma diretora de sucessos como “S.O.S Mulheres ao Mar” e “Confissões de Adolescente”. Conte um pouco como foi atuar no filme e a preparação para a personagem.
Meu encontro com a Cris foi algo muito rápido e sincero, a gente se deu bem de cara e eu amo trabalhar com ela, nos tornamos amigas! Eu nunca tinha feito comédia antes, então eu fui como uma criança: curiosa e atenta, disposta a aprender. E tive professores incríveis, tanto a Cris, nossa diretora, quanto nosso elenco, como a Cacau, Evelyn, Rodrigo, são grandes nomes da comédia e pessoas fantásticas, com toda a abertura e generosidade do mundo. Foi um filme divertido e leve de fazer e tem sido muito bom ouvir, das pessoas que assistiram, que se sentiram assim também.
3. Além de atuar, você também cursou a graduação em Publicidade. Como foi a escolha do curso? O que você conseguiu agregar na sua carreira no mundo das artes?
Eu queria fazer algo fora da minha área mas que, ainda assim, fosse útil. Na publicidade tinha muito espaço pra criação, pra escrever, pra descobertas também. Gosto de buscar inspiração e referência em lugares nada óbvios, senão a gente só se concentra no nosso mundo. Me serviu muito como pessoa e como profissional. Primeiro, porque a faculdade já é uma boa expansão de horizontes, pessoas de outras áreas, novos lugares e até realidades diferentes, e acho isso muito enriquecedor. Como profissional, entendi melhor o outro lado da coisa, o lado da imprensa e outros processos que envolvem meu trabalho, mas não é o que faço necessariamente. Gosto daquele ditado: tudo vale a pena quando a alma não é pequena.
4. No próximo ano você será vista na sua primeira produção internacional, a série “El Presidente”, da Amazon Prime, que trata dos escândalos na FIFA. Você será a filha do ex-presidente da entidade, João Havelange. Conte um pouco como foi a experiência de participar dessa produção.
Como o papel chegou até você?
Foi através de testes, como a maioria. Foram duas etapas, na época fiz teste para essa personagem e para uma outra, que era inglesa. Desde o início fiquei muito empolgada com a história e todas as possibilidades de aprendizado que eu teria ali. Lembro até hoje do dia que recebi a resposta, estava voltando de uma viagem a trabalho, era tarde já e eu estava, literalmente, entrando em casa quando meu empresário me ligou. Foi muito emocionante, fiquei muito feliz.
5. As gravações da série aconteceram no Uruguai. Como é trabalhar numa obra que é baseada em fatos reais? O que aprendeu com a personagem Victoria?
Tem sempre um frio na barriga a mais, e é um processo diferente, não tanto de criação, mas sim de descoberta e entrega. Mas também de entender o equilíbrio entre o real e a criação coletiva. A Victoria me ensinou que vale a pena ter coragem, se arriscar, sonhar alto. Foi um projeto desafiador de muitas formas, mas valeu a pena, eu estava com medo mas fui com medo mesmo. E fui muito feliz em cada etapa desse projeto, vivi cada momento intensamente, aprendi e absorvi ao máximo tudo que podia, trabalhei com pessoas que admirei a vida toda e passei a admirar muitas outras que conheci desde então. É, sem dúvida, um dos trabalhos que mais estou ansiosa para ver!
6. Você já havia filmado fora do Brasil? Como foi a experiência?
Nossa, foi tanta coisa, mas acho que podemos resumir na palavra “intenso”. Foram quatro meses morando em outro país, longe da minha família, namorado e amigos por conta da pandemia, morando todos do elenco e equipe no mesmo hotel. Viramos uma família de verdade, dividimos muita coisa e muitos momentos. No fim, foi um trabalho verdadeiramente construído por cada um e por todos. Também aprendi espanhol por estar morando em Montevideo e foi transformador me aproximar mais desse nosso sangue latino, é algo que me toca até hoje. Fiz amigos para a vida toda, pessoas que quero visitar em outros países, nos falamos todos sempre. Até me emociona pensar em tudo que vivemos como profissionais e pessoas nesse tempo lá. Pra terem ideia, a filha do Albano Jerónimo, ator português que interpreta o João Havelange, nasceu lá, enquanto estávamos todos no Uruguai. Dias desses estava falando com a esposa dele, Francisca, que virou outra grande amiga. É um projeto que vai reverberar em nossas vidas para sempre.
7. 2022 será um ano muito positivo e cheio de realizações para você. Deixe aqui algumas dicas de filmes e séries que você indica e que nossos leitores possam assistir nesse fim de ano.
Ah, não posso deixar de indicar o meu filme que está nos cinemas, “A Sogra Perfeita”, (risos). De série, um clássico e agora lançaram um revival, indico ”Sex and The City”, eu já assisti mais de cinco vezes, é perfeita!