Noé

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‘Noé’ pode ser classificado como um filme grandioso. A trama foi baseada na graphic novel ”Noah: For the Cruelty of Men”, que mostra Noé (Russell Crowe) e a jornada que lhe foi imposta: construir uma arca, entrar nela com sua família e resgatar um casal de cada animal para que, após o dilúvio, a Terra pudesse voltar a ser o que era antes.

A tarefa já não era fácil, porém, mais um problema surge: o malvado Tubalcain (Ray Winstone) também quer embarcar na arca e se salvar. A esposa de Noé, Naameh (Jennifer Connelly), junto com seus filhos Shem (Douglas Booth), Cam (Logan Lerman) e Jafé (Leo McHugh Carroll) e a menina Ila (Emma Watson) ajudam o patriarca a construir a arca e embarcam com ele numa jornada de fé. Eles também contam com a ajuda de Metuselah (Anthony Hopkins), que dá a Noé conselhos valiosos.

Embora muitas passagens não estejam de acordo com a Bíblia – no filme o Dilúvio dura mais ou menos 9 meses, enquanto a Bíblia informa que foram apenas 150 dias – ‘Noé’ é um filme radical, que mostra um personagem principal que se sente fraco e incapaz de seguir em frente com a tarefa que lhe foi dada, porém, o faz, mesmo sentindo o peso desse fardo.
O Noé de Darren Aronofsky tem crises existenciais e se emociona, numa tentativa de humanizar um personagem tão conhecido e poderoso.

A tentativa do diretor deu certo: Russell Crowe está muito bem no papel e os outros atores em cena ajudam a compor todo o clima que o filme precisava. O filme conta com efeitos especiais excelentes e um Anthony Hopkins inspirado (mesmo que sua caracterização faça com que o ator se pareça muito com o Mestre dos Magos do desenho ‘Caverna do Dragão’).
Destaque para Logan Lerman que (finalmente) aprendeu a atuar. 
O filme, que custou mais de 120 milhões, não quer atuar como ”educador religioso” na vida de ninguém – é apenas a versão hollywoodiana de uma história mundialmente conhecida.
Sendo assim, ‘Noé’ cumpre seu papel: entreter.

 

Cotação: Muito bom

Ideal para: pessoas que querem se distrair; pessoas que gostam de superproduções recheadas de efeitos especiais; fãs de Aronofsky.