Han Solo – Uma história Star Wars

Um dos filmes mais aguardados do ano, ”Han Solo” começou com vários problemas: depois da difícil disputa para achar o protagonista adequado – entre eles, os galãs Ansel Elgort (de ”Em ritmo de fuga”), Logan Lerman (o eterno ”Percy Jackson”) e Aaron Taylor-Johnson (de ”Godzilla” e ”Kick Ass”) – o filme perdeu seus diretores, Ron Howard foi chamado aos 45 minutos dos segundo tempo e nas últimas semanas foi divulgado que o protagonista simplesmente não sabia atuar.

Assim como aconteceu com ”Homem Formiga”, produção cara e igualmente problemática, ”Han Solo” ainda tinha espaço no coração dos fãs, pois seu elenco era encabeçado pela musa nerd Emilia Clarke (de ‘Game of Thrones’) e também pelo não-tão-simples-fato de ser um filme da Disney. Não podemos esquecer que Han é um dos personagens mais emblemáticos e queridos de ”Star Wars”.

Na trama, Han (Alden Ehrenreich) é um jovem ambicioso que quer ter uma vida melhor. Ele quer ser o melhor piloto da galáxia e está disposto a fugir de Corellia com sua namorada Qi’ra (Clarke). Juntos, eles bolam um plano que quase dá certo, e circunstâncias do destino fazem com que os pombinhos se separem.
Anos depois, após ser expulso da Academia Imperial, Han acaba se unindo ao casal Val (Thandie Newton) e Beckett (Woody Harrelson) numa arriscada missão: roubar o poderoso coaxium para o vilão Dryden Vos (Paul Bettany), líder da Aurora Escarlate, que fará com que eles fiquem muito ricos. Sem nada a perder, o grupo de mercenários fará de tudo para conseguir realizar a missão.

A história tem pontos interessantes, como as primeiras cenas de Chewbacca (Joonas Suotamo), que poderiam ser melhor exploradas. Muitas informações sobre o wookie mais famoso do mundo ficaram perdidas, o que é uma pena. A inclusão de Lando Calrissian (o ator e cantor Donald Glover) é totalmente desnecessária, pois seu personagem só serve para apresentar ao espectador a nave mais famosa da franquia: a Millennium Falcon. Muitas coisas acontecem com essa personagem, mas ao mesmo tempo nada que seja muito relevante. Destaque para L3 (Phoebe Waller-Bridge), cheia de carisma.

O filme encanta por seu visual bacana, mas o saudosismo tem limites aqui. O roteiro é da dupla Lawrence Kasdan (responsável por ”O Império Contra-Ataca”) e seu filho, Jonathan (do romance teen ”A primeira vez”). Os coadjuvantes estão mal aproveitados em cena, com algumas subtramas que não foram bem delineadas. Alden Ehrenreich é esforçado, mas ainda é muito jovem e não consegue ser malandro o suficiente para segurar um personagem como Han, cheio de personalidade e paixão. Uma pena.

 

Cotação: Regular