Crítica: ”O despertar da primavera”

Eletrizante. Forte. Necessário.
10 anos depois, ‘O Despertar da Primavera’, da super dupla Charles Möeller & Claudio Botelho, volta aos palcos do Rio de Janeiro. O espetáculo, sucesso de público, foi considerado um fenômeno cultural, colecionou fãs, arrematou dezenas de prêmios e revelou uma série de talentos, como Malu Rodrigues, Letícia Colin e Eline Porto, que dominariam a cena artística nacional nos próximos anos.

Baseado na obra de 1891 do dramaturgo alemão Frank Wedekind, um dos precursores do movimento expressionista, o espetáculo segue Wendla (Tabatha) e Melchior (Rafael Telles), junto com seu grupo de amigos numa Alemanha fria e opressora.
Atropelados pela paixão, os dois encenam cenas de nudez e sexo, além de outras, que incluem um beijo entre dois rapazes, a representação da masturbação e referências a assuntos como abuso sexual e aborto.

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Nada foi cortado nem diminuído. ‘O Despertar da Primavera’ é uma peça adulta, ora romântica, ora sombria, que conta com 16 atores-cantores talentosos no palco. Impossível não rir e chorar com a história, que é linda e feita para todas as idades. Todos os atores estão bem em cena – mas o destaque vai para João Felipe Saldanha, intérprete de Moritz. Sua entrega ao personagem é fenomenal.
Famosos no meio teatral, Charles e Claudio  são os nomes por trás dos sucessos ”A noviça rebelde”, ”Se meu apartamento falasse” e ”Beatles num céu de diamantes”.

 

Cotação: Muito bom

 

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