Crítica: ”A Ponte”

Três irmãs precisam superar a morte da mãe numa pequena cidade do interior.
O problema é que elas não poderiam ser mais diferentes: a beata Theresa (Bel Kowarick) vive numa fazenda longe dali e tenta, de alguma forma, ainda exercer poder como irmã mais velha; já Agnes (Debora Lamm) bebe para esquecer os problemas e sofreu um grande trauma na adolescência; e a jovem Louise (Maria Flor) não consegue desgrudar da TV e de seu seriado preferido, sua única alegria no tempo em que cuidou da mãe doente.

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De início, podemos pensar que ”A Ponte” é uma peça pesada com um elenco composto por três talentosas atrizes. Mas não é isso: na cozinha da casa, onde se passa grande parte da peça, acontecem momentos de alegria, tristeza e um aguardado reencontro. As relações falidas são pano de fundo para muitas das conversas, onde as maiores revelações podem mudar vidas dessas mulheres fortes.

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O cenário é moderno, composto por itens na cor vermelha, uma grande mesa e muitas frutas. Maria Flor é responsável pelos momentos mais divertidos com sua Louise cheia de tiques e um jeito próprio de falar, vivendo em seu próprio mundo – que depois também vira o mundo das irmãs. A própria Maria foi quem encontrou uma coletânea de textos do dramaturgo canadense Daniel MacIvor durante uma viagem, se encantou e resolveu montar a peça.

 

Cotação: Muito bom

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