Coletiva de Imprensa: Robocop

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Estiveram presentes no Rio de Janeiro, na última terça feira (18), os atores Joel Kinnaman e Michael Keaton.
Acompanhados do diretor do filme, o carioca José Padilha, eles falaram sobre o lançamento e fizeram piadas, a maioria vindas de Keaton, de excelente humor.

Abaixo, trechos da entrevista.

Sobre a expectativa dos fãs, Padilha revelou: ”Ignorei. Não existe uma massa uniforme de fãs. Fui fiel aos conceitos básicos.”

Sobre a filosofia do filme, ele disse que ”a ideia filosófica  é desumanizar, tirar o ser humano e colocar uma máquina. A automatização da violência dá espaço para o governo fazer o que quiser. O filme debate isso, a diferença entre homem e máquina, essa é a crise. A violência explícita não era necessária.”
Michael Keaton adicionou ”Robocop é um filme único e emocionalmente profundo”

Para Joel, o mais difícil foi se manter dentro do personagem. ”Separar a linguagem corporal da facial foi complicado. Foi um bom desafio, tive que me manter concentrado. Fiz um bom trabalho, e acho que se esse personagem tivesse surgido na minha carreira antes, não teria feito tão bem. Hoje em dia estou mais paciente.”

Padilha se derreteu por Joel, e afirmou que ”faz muito tempo que não surge um ator tão jovem e bom quanto Joel. Ele tem uma capacidade técnica muito boa, fiquem de olho”. Joel, que é sueco, é conhecido por seu trabalho na série ”The Killing”.

Keaton disse que só aceitou o papel do vilão Raymond Sellars pois queria trabalhar com o diretor. “Padilha é incapaz de fazer algo comum”.
Para compor seu personagem, ele seguiu a direção de Padilha. “Eu nunca vi o filme original, apenas alguns trechos. Eu também não assisto meus filmes. Mas achei o resultado final emocionalmente surpreendente”, afirmou ele.

Padilha revelou que o contrato assinado foi de dois filmes, porém, ele não sabe se será o diretor do próximo filme. Ele também comparou a diferença de fazer um filme nos EUA e no Brasil.
”No Brasil,  eu escrevo, produzo e dirijo. Um filme que custou 130 milhões, como ‘Robocop’, precisa fazer dinheiro para o estúdio. Não é brincadeira, e o público não é bobo. Mas fiz questão de trazer minha equipe brasileira pra me ajudar, isso me deu segurança”, disse ele, se referindo a Pedro Bromfman, Lula Carvalho e Daniel Rezende, que trabalham com ele desde ‘Ônibus 174’.

Sobre o sucesso comercial, Padilha foi direto. ”Estreamos em 1º lugar em 15 países. Com certeza, a bilheteria vai ter um bom resultado. Nos EUA, remamos contra 3 marés: a comparação com a versão original, que fez muita gente torcer o nariz; a nevasca, que impediu muitas pessoas de saírem de casa, e o Valentine’s Day (Dia dos Namorados norte-americano). Imagina seu namorado virando pra você e falando ‘amor, vamos assistir ‘Robocop’? Não é nem um pouco romântico”, riu ele.

 

 

 

 

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