7 perguntas para… Carol Kasting

Conhecida pelas novelas ”Mulheres Apaixonadas”, ”Terra Nostra”, ”Cabocla” e ”Além do Tempo”, a atriz Carolina Kasting está de volta como Agnes em ”Salve-se quem puder”, nova produção da Rede Globo.
Na trama, a atriz nascida em Florianópolis interpreta uma viúva e herdeira de uma tradicional família paulistana e mãe de uma das protagonistas, Kyra (Vitoria Strada).
Saiba mais sobre a artista nessa entrevista exclusiva:
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1. Carolina, primeiramente gostaria de agradecer por tirar um tempo para conversar conosco. O que podemos esperar de sua personagem Agnes? Sabemos que é viúva e tem uma filha adulta.
Imagina, eu que agradeço pela oportunidade. Agnes é uma mulher batalhadora, bem sucedida profissionalmente (é arquiteta), uma mãe dedicada aos filhos que não consegue superar a morte do marido mas mantém-se doce e leve apesar disto.  Valoriza a relação ética e de diálogo que tem com os filhos.
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2. ”Salve-se quem puder” chega com o peso de substituir o ”Bom sucesso”, que agradou crítica e público. Como você avalia esse novo trabalho?
Sim, é possível duas novelas fazerem sucesso, uma em seguida da outra. O texto de Daniel Ortiz é genial, com uma trama rica, com comédia, e drama na mesma qualidade, e muita surpresa por acontecer, além de ter o respaldo da direção experiente de Fred Mayrink e um elenco de excelentes atores.
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3. Conte um pouco como foi sua preparação para esse papel e como é sua parceria com a atriz Vitoria Strada e com o autor Daniel Ortiz.
O convite para viver Agnes partiu do Daniel que acompanhou de perto o trabalho que fiz na televisão, em Portugal. Ainda não tínhamos trabalhado juntos. Ele escreveu a Agnes pensando em mim e tem sido um prazer dar vida a ela pela oportunidade de mostrar que mesmo na tragédia podemos ter forças para manter nossos valores éticos e humanos. A Vitória e meus outros dois filhos, Valentina Bulc e Igor Cosso, foram amores à primeira vista. Uma família escalada de forma perfeita, na minha opinião (Frida Richter é a produtora de elenco da novela). Daniel é de uma geração de autores que valoriza a resposta do público, tem diálogo com os atores e a direção, sem perder a primazia da sua obra.
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4. Em seu Instagram, você fala um pouco sobre sua rotina, poesia, fotografia, malhação, empoderamento feminino… qual é a sua relação com as redes sociais?
Valorizo muito a comunicação direta com meu público nas redes sociais, por isso sou genuína e sincera. O nome do meu canal é Carol Kasting Real, mostro a Carolina como ela é, sem personagens e sem subterfúgios, mas principalmente, faço com que as pessoas se identifiquem com a minha forma de vida positiva. Não quero que as pessoas se sintam infelizes por não serem quem sou, e sim que elas se empoderem a partir do exemplo que dou. No meu perfil, você vai me ver quem sou, com toda multiplicidade de expressões, meus poemas, minhas fotografias, minhas peças de teatro e muitas outras que eu venha a utilizar como artista. Assim como, como mulher não estou presa a uma idade biológica, como artista também não estou presa a uma fôrma.
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Carolina caracterizada como Agnes
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5. Desde que as chamadas da novela começaram a surgir, muito se comenta sobre sua aparência jovem. Como você cuida do corpo e da mente?
A beleza é transmitida de dentro para fora e não o contrário. A maneira como nos vemos no mundo é a maneira como seremos vistos, por isso é tão importante falar em autoestima e empoderamento. Transformá-los, de conceitos em realidade. Autoestima não é quando você se olha no espelho e se acha o máximo, é quando você aprende a conviver com as suas dificuldades e qualidades. Ou seja, quando você se aceita do jeito que você é, e enxerga o outro. O respeito e cuidado com você também está em se alimentar bem, fazer atividade física, não conviver com pessoas tóxicas e cuidar da sua saúde mental. Tudo isso faz a gente ser jovem e bonita. Não sou vista como uma atriz de quarenta e quatro anos, sou vista como uma atriz com vinte e cinco anos de trajetória.
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6. Você fotografa, já fez várias novelas, teatro, cinema… o que você ainda pretende conquistar? Tem vontade de ser diretora, por exemplo?
Também sou poeta. Esse ano vou lançar um livro de poemas. Estou trabalhando para fazer uma exposição de arte contemporânea com fotografias e performance. A arte, toda forma de arte, se faz ainda mais necessária no momento político social em que estamos vivendo. O atentado a falta de liberdade de expressão é um crime contra a Humanidade. Não tenho vontade, por enquanto, de dirigir.
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7. Para fechar: quem te inspira? Pode ser um ator, cantor, atriz…
Todos que amo me inspiram, sem eles não teria me tornado quem sou mas para citar alguém específico, poderia citar a Fernanda Montenegro, a Jane Fonda, e todas as mulheres que lutam para diminuir os efeitos nocivos do patriarcado no âmbito planetário, político e social.